
“En el Perú, la tierra que nunca olvidamos, vive en el corazón.“
Lima, capital do Peru, vibrante e histórica, mistura o moderno com o colonial. O Parque do Amor, com sua vista para o Pacífico, e o Centro Histórico encantam, enquanto o Barranco ganha vida à noite com sua atmosfera boêmia. E Cusco, antiga capital do Império Inca, revela ruínas como Sacsayhuaman e Qorikancha, onde a história milenar se encontra com o presente. A jornada se estende até Machu Picchu, onde a energia do lugar e suas ruínas deslumbrantes impressionam. A Montanha Colorida e a Laguna Humantay oferecem paisagens de tirar o fôlego, com montanhas e águas cristalinas que parecem saídas de um sonho. Cada canto do Peru, de Lima a Cusco e além, é uma experiência sensorial inesquecível, onde a história, a natureza e a cultura se entrelaçam de forma única.
O relato abaixo é totalmente baseado na minha experiência e no que eu planejei para esta viagem, considerando os meus gostos, e obviamente pode ser adaptado de acordo com o perfil de cada um.
- Como foi viajar com a Livare?
- Quando Eu Fui?
- Como Ir de São Paulo à Lima e de Lima à Cusco?
- Onde Fiquei Hospedada?
- Roteiro Detalhado – Lima e Cusco (9 dias)
- Orçamento Final
- Veja Também
Como foi viajar com a Livare?
Essa viagem para o Peru foi muito especial para mim, pois o objetivo foi comemorar os meus 30 anos. Normalmente sou eu que planejo todos os detalhes das minhas viagens, mas dessa vez, por ser uma ocasião especial para mim, eu me mimei e o meu objetivo era só entrar no avião e ir. Então comecei a saga de encontrar agências de viagens especializadas no Peru, e encontrei a Livare, que é uma agência especializada em destinos na América do Sul, e o forte deles são as expedições de ônibus em grupos. Mas eles também vendem pacotes individuais de viagem para países específicos, como o Peru. Eles tem vários pacotes com aéreo incluso (clique aqui para conhecer). Eu contratei o Pacote Machu Picchu + Lima Completo, um pacote de 9 dias/8 noites com todos os aéreos, hotéis, transfers e passeios inclusos. Eu paguei R$ 11.898,00 no pacote total, e achei que valeu demais, pois não precisei me preocupar com absolutamente nada. Antes da viagem, como sou um pouco controladora, fiquei aflita porque tive pouca visibilidade do processo de organização, só recebi a minha passagem emitida e o roteiro resumido, não sabia o hotel que eu ia ficar, só sabia que o nível dos hotéis seria de 3 a 4 estrelas. Então eu perturbei bastante o atendimento deles até conseguir me sentir em paz, e eles foram sempre muito acolhedores com a minha ansiedade. Como funciona: A agência fica aqui no Brasil, mas no caso dos pacotes individuais, eles tem parceria com agências locais. Então as reservas são feitas pela agência local, eles repassam as informações para a Livare, que repassa as informações para os clientes. Fiquei com medo de dar errado porque não era eu que estava no controle da situação. Mas no final das contas fui muito surpreendida positivamente: a viagem inteira foi impecável. A guia local, Marleny (uma querida, com o coração enorme), foi uma benção para mim. Ela cuidou de todos os detalhes, todos os dias me passava todas informações sobre os passeios que eu faria, e ainda lembrou que era meu aniversário e organizou uma surpresa no dia, foi incrível. No passeio para o Machu Picchu encontrei a turma da Livare que estava em expedição, e já tinham passado pela Argentina, Bolívia e Chile e fizemos o dia juntos (foto abaixo). Eu recomendo demais, tive uma experiência muito positiva (e nem estou recebendo nada para falar isso hahaha).

Eu e o grupo Livare que estava em expedição, no Machu Picchu – Peru.
Quando Eu Fui?
Eu visitei o Peru no meio do mês de agosto. É uma época maravilhosa, pois apesar de ser inverno é a temporada seca, com chances mínimas de chuva e a chance de visitar o Machu Picchu sem neblina é maior. Em agosto, Cusco têm dias ensolarados e noites frias (4°C a 17°C), sendo perfeitos para explorar ruínas e trilhas como a da Montanha Colorida. Nesse mês há muitas celebrações, como o Dia da Pachamama, Dia da Assunção de Nossa Senhora e o Dia de São João Bosco como Pai e Mestre da Juventude, com várias apresentações culturais lindíssimas e rituais andinos. Já Lima, com clima fresco e nublado (10°C a 19°C), se destaca pelos festivais gastronômicos. Como é alta temporada, vale planejar bem a viagem. Fiquei no Peru por 9 dias, do dia 09 a 10 de agosto em Lima e do dia 11 a 17 de agosto de 2024 em Cusco. Para uma primeira visita achei que foi o tempo suficiente para ter um primeiro contato com as atrações principais, sem muita pressa e sem deixar de viver as cidades. São cidades muito vivas, conectadas com tradições locais e com muita coisa para ver e para fazer, então vá com tempo adequado para conseguir explorar as maravilhas do Peru.
Como Ir de São Paulo à Lima e de Lima à Cusco?
De São Paulo a Lima
A melhor opção é o voo direto saindo do Aeroporto de Guarulhos (GRU) para o Aeroporto Internacional Jorge Chávez (LIM) em Lima. O tempo de voo é de aproximadamente 5 horas. As companhias que operam essa rota incluem LATAM e a Sky Airline.
De Lima a Cusco
- De avião → A opção mais rápida é o voo de Lima (LIM) para Cusco (CUZ), que dura 1h20. LATAM, Sky Airline e JetSmart operam voos diários.
- De ônibus → Se quiser economizar, pode pegar um ônibus noturno, que leva 20 a 22 horas. Empresas como Cruz del Sur e Oltursa oferecem opções confortáveis.
Nessa viagem aproveitei um Stopover de 1 dia e meio em Lima, para conhecer um pouco da cidade antes de seguir para Cusco! Foi uma excelente escolha, pois mesmo com pouco tempo, com os tours certos consegui conhecer muito da cidade. Mas se tiver mais tempo, vale a pena investir mais uns dias em Lima, principalmente pelo cenário gastronômico.
Onde Fiquei Hospedada?
Em Lima, eu fiquei hospedada no Miraflores Colon Hotel. localizado no coração do bairro Miraflores, à duas quadras do Lancomar em Lima, oferece uma ótima base para explorar a cidade, com fácil acesso a restaurantes, lojas e atrações. O hotel dispõe de quartos confortáveis com Wi-Fi gratuito, ar-condicionado e cofre, além de contar com restaurante, bar, serviço de quarto 24 horas. É muito bem localizado, me senti muito segura na região, gostei do café da manhã e a equipe do hotel é muito simpática e solícita. Eu voltaria a me hospedar nesse hotel, pois é uma escolha conveniente e acessível para quem visita Lima.
Em Cusco, eu fiquei hospedada no San Agustin Internacional, que é uma excelente escolha para quem quer explorar a cidade com conforto e praticidade. Situado a apenas dois quarteirões da Plaza de Armas, ele coloca você no coração da cidade, perto de atrações imperdíveis como a Catedral de Cusco e a Pedra dos 12 Ângulos. Com quartos aconchegantes, equipados com TV a cabo, cofre e Wi-Fi gratuito, o hotel oferece uma estadia relaxante. Além disso, a hospitalidade da equipe e o ótimo café da manhã garantem uma experiência acolhedora. Ideal para quem busca uma boa localização e serviços de qualidade.
E em Águas Calientes eu pernoitei no Hotel Wiracocha, que está localizado no centro do povoado de Aguas Calientes, quase ao lado da ponte de cadeados e a apenas três quarteirões da praça principal. Nem aproveitei muito da estrutura do hotel, porque meus ingressos para o Machu Picchu eram super cedo e eu cheguei à noite na cidade, então eu literalmente entrei, dormi e saí. Mas tinha uma vista bonita para o Rio de Águas Calientes, dormi com o som das águas, um ASMR ao vivo. O quarto era confortável, bem simples, mas cumpriu seu propósito.
Todos os hotéis estavam inclusos no Pacote de Viagens que fechei com a Livare, só paguei pelos consumos adicionais.

Meu Quarto no Hotel San Augustin Internacional em Cusco
Roteiro Detalhado – Lima e Cusco (9 dias)
Dia 1 – Lima
- Chegada à Lima
- Miraflores
- Parque Kennedy
- Paseo de La República
- Malecón de Miraflores
- Barranco
- Plaza de Barranco
- Puente de los Suspiros
Cheguei a Lima no meio da tarde, com aquela sensação gostosa de estar em um lugar novo, pronto para ser descoberto. Seguindo o roteiro da agência, eu tinha a tarde livre, então decidi começar minha exploração pelo bairro do hotel onde eu estava hospedada: Miraflores, um dos mais famosos da cidade. Lima estava bem nublada, mas logo na chegada, o clima já me conquistou: ruas bem cuidadas, muitas lojas e cafés charmosos por todo lado, e aquela vibe de cidade grande com um toque acolhedor. Passei a tarde caminhando pelo Parque Kennedy, onde os gatos perambulam entre os bancos e as pessoas aproveitam o ambiente tranquilo. Em seguida, fui até a Costa Verde, onde a vista do mar é incrível! Aproveitei para caminhar pela Paseo de la República, que tem uma vista espetacular do oceano, e tirei algumas fotos no Malecón de Miraflores, com seus jardins e vista panorâmica. O pôr do sol nesse lugar é um espetáculo à parte, perfeito para quem ama uma boa paisagem.


Bairro Miraflores – Lima
À noite, peguei um Uber e fui para o bairro Barranco, que tem uma vibe totalmente diferente de Miraflores. Conhecido como o bairro boêmio de Lima, Barranco é repleto de arte, música e uma energia jovem e descontraída. Fui direto para a Plaza de Barranco, onde se mistura a arquitetura colonial com murais de arte urbana. Aproveitei para dar uma olhada nas galerias de arte e me perder pelas ruelas coloridas, até chegar ao icônico Puente de los Suspiros, considerado um dos pontos mais românticos da cidade. A vista do lugar, especialmente à noite, é simplesmente encantadora, com as luzes da cidade mudando totalmente o mood.


Puente de los Suspiros e Bairro Barranco – Lima
Foi um dia mais curto, mas também de descobertas incríveis, onde pude sentir o contraste entre o ritmo mais moderno de Miraflores e a alma boêmia e artística de Barranco. Lima me recebeu de braços abertos, me deixando super animada pelos dias seguintes.
Dia 2 – Lima
- Parque Del Amor
- Museu Convento San Francisco e Catacumbas
- Centro Histórico de Lima
- Plaza Mayor
- Palacio de Gobierno
- Museu Larco
- Parque da Reserva – Circuito Mágico das Águas
- Larcomar
No meu segundo dia em Lima, fiz um city tour incrível que me levou a alguns dos lugares mais emblemáticos e históricos da cidade. O guia me buscou no hotel, e começamos o dia com um passeio pelo Parque del Amor, em Miraflores. Este parque, com seu famoso “El Beso”, escultura que representa um casal se beijando, é um dos pontos mais românticos de Lima. A vista para o mar é maravilhosa, e o ambiente tranquilo, com mosaicos coloridos e frases de amor espalhadas pelo chão, torna o lugar ainda mais especial.

Parque Del Amor – Lima
Em seguida, fomos ao Museu Convento de San Francisco e suas catacumbas, um lugar fascinante e cheio de história. O convento, fundado no século 17, é um exemplo da arquitetura colonial espanhola e abriga uma das maiores bibliotecas antigas da América Latina. Mas o mais impressionante são as catacumbas, um labirinto de túmulos subterrâneos onde se acredita que mais de 25.000 pessoas foram enterradas. As ossadas que ainda estão expostas impressionam pela quantidade e pela organização, mostrando a importância histórica e religiosa do local. Não pode fotografar lá dentro, mas é um Must Go em Lima. Seguimos para o Centro Histórico de Lima, um Patrimônio Mundial da Humanidade, onde pudemos admirar a Plaza Mayor. Este é o coração da cidade, rodeado por importantes edifícios coloniais, como a Catedral de Lima e o Palácio do Governo. O Palácio do Governo, residência do presidente do Peru, possui uma arquitetura imponente e um grande valor histórico. Uma curiosidade: todos os dias ao meio-dia acontece a troca da guarda no Palácio, um evento que atrai muitos turistas.


Centro Histórico de Lima
O próximo ponto foi o Museu Larco, um dos mais fascinantes de Lima. Instalado em uma antiga casa virreinal, o museu abriga uma impressionante coleção de arte pré-colombiana, com mais de 45.000 peças que revelam a riqueza das civilizações antigas do Peru. É realmente fascinante e bonito. Tem uma exposição especial em um hall separado que fala sobre a representação do erótico — uma seção que mostra cerâmicas antigas com imagens de rituais e simbolismos sexuais, algo surpreendente e intrigante.


Museu Larco
O dia continuou com uma visita ao Parque da Reserva, onde está o Circuito Mágico das Águas, um dos maiores complexos de fontes do mundo. Durante a noite, o parque se transforma em um espetáculo de luzes e música, com fontes dançantes que encantam todos os visitantes. Eu fiquei impressionada com a harmonia entre a água, as cores e as músicas que preenchiam o espaço — uma experiência mágica para terminar o dia.

Parque de La Reserva e o Circuito das Águas
Para finalizar, jantei no Larcomar, um shopping localizado no alto de uma falésia com uma vista deslumbrante do Oceano Pacífico. O ambiente é super agradável, com várias opções de restaurantes e lojas, e a vista de tirar o fôlego. Aproveitei para degustar mais uma vez o famoso ceviche peruano, acompanhado de uma pisco sour, o drink tradicional do país. Foi um dia cheio de história, cultura e vistas impressionantes de Lima. Cada lugar que visitei tinha algo único, e a cidade, com seu charme e diversidade, me encantou ainda mais.
Dia 3 – Cusco
- Chegada à Cusco
- Aclimatação
- Qorikancha
- Sacsayhuaman
- Tambomachay
- Puka Pukara
- Plaza de Armas
O dia começou pegando um voô de Lima a Cusco, onde também cheguei bem cedinho e fui direto para o hotel, onde aproveitei a manhã para descansar e me aclimatar à altitude. Cusco está a 3.400 metros acima do nível do mar, e a altitude pode ser um desafio para quem chega de lugares ao nível do mar, então, seguindo a recomendação do guia, bebi o famoso chá de coca e fiquei quietinha no hotel pela manhã. O chá de coca, que é uma tradição dos Andes, ajuda a aliviar os efeitos da altitude, como dor de cabeça e cansaço e também auxilia na respiração e na adaptação ao clima seco e rarefeito. Com o corpo mais preparado, fiquei tranquila para o resto do dia, com um tour leve pela cidade.
À tarde, comecei minha exploração de Cusco, começando pelo Qorikancha (Templo do Sol), um dos sítios mais importantes do Império Inca. Originalmente, esse templo era coberto de folhas de ouro, e seu nome significa “muro de ouro” em quechua. Durante o Império Inca, era o centro religioso mais importante, dedicado ao deus sol Inti. Quando os espanhóis chegaram, construíram a Igreja de Santo Domingo sobre as ruínas do Qorikancha, e hoje é fascinante ver a combinação da arquitetura inca com a colonial.


Qorikancha – Cusco
De lá, seguimos para Sacsayhuaman, um impressionante sítio arqueológico que fica nos arredores de Cusco. As enormes pedras que formam as muralhas de Sacsayhuaman são um verdadeiro mistério — algumas delas pesam mais de 100 toneladas e são tão bem encaixadas que nem mesmo uma lâmina de faca pode passar entre elas. A grandiosidade e a precisão das construções incas ainda fascinam os arqueólogos, e a vista panorâmica de Cusco do alto do sítio é deslumbrante.


Sacsayhuaman
O próximo destino foi Tambomachay, conhecido como o “Templo da Água”. Este local é famoso por suas fontes e canais de água, que demonstram o avançado conhecimento dos incas em hidráulica. Há quem acredite que Tambomachay era um lugar sagrado de adoração à água, elemento vital para as civilizações andinas. Seguimos para Puka Pukara, que significa “fortaleza vermelha” em quechua. Esse local, com suas muralhas de pedras avermelhadas, era provavelmente um posto militar que controlava a entrada e saída de Cusco. Apesar de não ter o mesmo tamanho imponente de Sacsayhuaman, Puka Pukara oferece uma visão fascinante da arquitetura militar inca e de como eles estrategicamente protegiam sua capital.


Tambomachay e Puka Pukara
O dia foi intenso, mas ao mesmo tempo, leve e repleto de descobertas. Ao final da tarde, me deliciei com um jantar em um restaurante à beira da Plaza de Armas, o coração de Cusco. A praça é cercada por edifícios coloniais e a imponente Catedral de Cusco. Eu aproveitei a oportunidade para saborear pratos típicos, como a carne de Alpaca e, claro, o ceviche local, enquanto admirava a movimentação da cidade. O ambiente acolhedor, com uma atmosfera vibrante, fez meu jantar ser ainda mais especial. Foi um dia de muita história e cultura, com uma introdução suave à rica herança inca de Cusco, que está cheia de mistérios e belezas naturais.
Dia 4 – Cusco
- Chinchero
- Complexo Arqueológico de Moray
- Salineras de Maras
- Plaza de Armas
O quarto dia da minha viagem foi cheio de aventuras e descobertas fascinantes, com um day tour que me levou aos arredores de Cusco. O guia me buscou bem cedinho no hotel, e logo partimos para o Chinchero, uma pequena aldeia andina que guarda muitas tradições. A primeira parada foi em uma fábrica de tecido feitos de lã de Alpaca, onde as tecelãs, que ainda mantêm viva a tradição de tecer tecidos coloridos usando técnicas ancestrais, e ensinam sobre o processo, é realmente fascinante. Curiosidade: Chinchero é conhecida por ser o lugar onde o último imperador inca, Túpac Amaru II, foi capturado pelos espanhóis antes de ser executado, marcando o fim da resistência inca.


Chinchero
A próxima parada foi o Complexo Arqueológico de Moray, um dos sítios mais misteriosos de todo o Vale Sagrado. Moray é composto por uma série de terraços circulares que se acredita terem sido usados pelos incas como um laboratório agrícola. Curiosidade: Além de ser um centro de experimentação agrícola, acredita-se que Moray também tenha sido usado para cultivos cerimoniais. Os incas eram extremamente avançados em agricultura e conseguiam modificar as condições climáticas locais por meio dos terraços. A teoria é que os incas cultivavam diferentes variedades de plantas nos diferentes níveis de altitude dos terraços, criando microclimas únicos para testar quais culturas cresciam melhor. A visão desses círculos perfeitos e a organização precisa das construções incas são de impressionar. Fiquei encantada com a beleza e a engenhosidade desse lugar!


Complexo Arqueológico de Moray
De Moray, seguimos para as Salineras de Maras, um dos lugares mais curiosos que já visitei. As salinas, que datam do período pré-inca, são compostas por milhares de pequenas poças de sal, onde a água salgada de uma fonte subterrânea é canalizada para a superfície e evaporada ao sol, deixando o sal se acumular nas poças. Curiosidade: As Salineras de Maras não são apenas uma maravilha visual, mas também têm uma história que remonta a mais de 500 anos. A técnica de extração de sal foi aprimorada pelos incas, mas era usada muito antes, pelos povos pré-incas, como os Wari. O contraste entre o branco do sal e o verde das montanhas ao fundo é simplesmente deslumbrante! Além de ser uma paisagem única, as salinas de Maras têm grande importância histórica e econômica para a região, sendo um dos maiores produtores de sal do Peru.

Salineras de Maras
Após um dia de exploração intensa e culturalmente rica, retornei a Cusco e, como já era meu hábito, terminei o dia com um delicioso jantar na Plaza de Armas. Dessa vez, escolhi um restaurante que oferecia uma vista incrível da praça, onde pude apreciar a arquitetura colonial ao redor e a vibrante atmosfera da cidade. A noite estava agradável, e o clima de Cusco me fez sentir ainda mais conectada com a cidade e com toda a história que ela carrega.
Dia 5 – Cusco
- Parque Arqueológico de Pisaq
- Valle Sagrados dos Incas
- Ollantaytambo
- Trem para Águas Calientes
- Pernoite em Águas Calientes
O quinto dia da minha viagem foi um dos mais especiais, meu aniversário de 30 anos. Eu estava super animada, mas também um pouco emocionada por estar celebrando essa data em um lugar tão incrível como o Vale Sagrado dos Incas. Saímos cedo de Cusco e fiz check-out no hotel, deixando a mala na recepção. Fiquei só com uma mochila pequena, com uma troca de roupas, pois a noite eu ia dormir em Águas Calientes — a cidade base para conhecer o Machu Picchu no dia seguinte. Mas antes de chegar a Águas Calientes, fizemos o tour do dia, que me levou a alguns dos locais mais impressionantes do Vale Sagrado, começando pelo Parque Arqueológico de Pisaq. Pisaq é uma antiga cidade inca que fica em uma montanha, e o que me chamou mais atenção foi o seu sistema de terraços agrícolas, que ainda é usado pelos moradores locais até hoje. Curiosidade: A arquitetura de Pisaq é famosa por sua impressionante precisão na construção das muralhas, que se encaixam perfeitamente, algo que até os engenheiros modernos se maravilham. O sítio também tem um importante cemitério inca, onde as sepulturas estão dispostas em uma série de cavernas nas montanhas, o que só aumenta o mistério sobre a importância ritual e espiritual do local. É bem triste ouvir sobre a história da devastação e exploração que as tropas espanholas fizeram no Peru na época da colonização, mas sem dúvidas é uma história que precisa ser contada.

Parque Arqueológico de Pisaq
De lá, seguimos pelo Vale Sagrado dos Incas, uma região que realmente parece ter saído de um conto de fadas, com suas paisagens de montanhas imponentes e campos verdes que se estendem até onde a vista alcança. Este vale foi considerado um local sagrado pelos incas, não apenas por sua beleza natural, mas também pela sua fertilidade e clima ameno, ideais para o cultivo de alimentos que sustentavam o império. A próxima parada foi Ollantaytambo, uma das cidades incas mais bem preservadas da região. Ollantaytambo é famosa por suas impressionantes terrasas de pedra, que serviam tanto para cultivo quanto para defesa. Curiosidade: Ollantaytambo foi um dos lugares onde o imperador inca Pachacuti venceu os espanhóis em uma batalha importante em 1536, antes da queda definitiva do império. As ruínas de Ollantaytambo oferecem uma visão impressionante da engenharia inca, com enormes pedras perfeitamente encaixadas e uma vista panorâmica do vale. A vila de Ollantaytambo também é encantadora, com suas ruas estreitas, barracas de artesanato e com um charme único.



Ollantaytambo e celebrações do meu aniversário
Após explorar Ollantaytambo, peguei o trem para Águas Calientes, a cidade que fica aos pés do Machu Picchu. A viagem de trem foi uma experiência à parte, com vistas deslumbrantes da paisagem ao redor, com rios e montanhas que tornavam o trajeto ainda mais mágico. Cheguei a Águas Calientes já à noite, um pouco cansada, mas animada para o grande dia seguinte. Foi um dos melhores aniversários da minha vida, uma excelente escolha viver esse dia no Peru. As paisagens do Vale Sagrado, com sua história fascinante e suas ruínas impressionantes, fizeram meu aniversário ser ainda mais especial. Eu mal podia esperar para o que estava por vir no dia seguinte — o famoso Machu Picchu.
Dia 6 – Águas calientes
- Tour em Machu Picchu
- Tour em Águas Calientes
- Retorno para Cusco
O sexto dia da minha viagem foi, sem dúvida, o auge da minha experiência no Peru: Machu Picchu! Acordei cedo para pegar o Ônibus até a cidade inca perdida, ansiosa para explorar um dos destinos mais incríveis do mundo. Como parte do meu tour, fiz o Circuito 1 (panorâmico), que me permitiu ver as ruínas de Machu Picchu de diferentes ângulos e apreciar a grandiosidade do local. Curiosidade: Machu Picchu foi “descoberto” em 1911 pelo explorador Hiram Bingham, mas acredita-se que a cidade tenha sido abandonada pelo Império Inca mais de 100 anos antes da sua “redescoberta”, a população local abandonou a cidade com medo da invasão espanhola, mas os espanhóis nunca chegaram em Machu Picchu, por isso a estrutura ainda está bem preservada. Durante o passeio, pude explorar o Templo do Sol, a famosa Intihuatana (a pedra de observação solar), e os incríveis terraços que desciam pela montanha, refletindo a genialidade dos incas na construção e aproveitamento do terreno. A vista do Wayna Picchu, a montanha que aparece nas fotos clássicas de Machu Picchu, também é de tirar o fôlego, e quem se aventura até o topo tem uma das vistas mais icônicas do mundo.


Machu Picchu
Além do Circuito 1, que é o mais popular e panorâmico, existem outros dois circuitos que oferecem experiências diferentes dentro do parque. O Circuito 2, mais longo, leva os visitantes até o Templo da Lua e oferece uma visão diferente da cidade e dos arredores. Já o Circuito 3 é o mais desafiador, incluindo uma subida até o topo do Wayna Picchu, onde é possível ter uma vista privilegiada de todo o complexo de Machu Picchu.
Após esse momento inesquecível de exploração, voltei para Águas Calientes, onde passei a tarde explorando a cidade por conta própria. Águas Calientes, embora pequena, tem seu charme. Eu andei pelas suas ruas tranquilas, explorando mercados locais, lojas de artesanato e desfrutando de um clima relaxante. O nome Águas Calientes vem das fontes termais da cidade, que são muito procuradas pelos turistas para relaxar após um dia de exploração no Machu Picchu. Eu, porém, decidi passear mais pela cidade e admirar os arredores montanhosos e a beleza natural da região.

Praça Principal de Águas Calientes
Ao final do dia, peguei o trem de volta para Cusco, onde meu coração ainda estava acelerado pela experiência do dia. As montanhas, os mistérios de Machu Picchu e as vistas panorâmicas ficaram gravadas na minha memória como um dos momentos mais incríveis da viagem.
Dia 7 – Cusco
- Day Tour Montanha Colorida (Vinicunca)
- Plaza de Armas
O sétimo dia da minha viagem foi um dia de pura energia e beleza! Comecei o dia bem cedo, pois estava prestes a conhecer uma das paisagens naturais mais deslumbrantes do Peru: a Montanha Colorida, também conhecida como Vinicunca ou Rainbow Mountain. O passeio começou com uma viagem de van até o início da trilha, que me levou por algumas das paisagens mais impressionantes dos Andes. O caminho até a base da montanha foi de tirar o fôlego, com vista para pastores de alpacas, planícies vastas e uma imensidão de montanhas ao redor. As vans andam muitos próximas ao penhasco, dá muito medo, mas a beleza ao redor compensa.


Paisagens pelo Caminho
Chegando ao início da trilha, existem algumas opções: subir e descer a pé, subir de cavalo até a base do pico da montanha e descer a pé (na minha opinião essa opção não compensa, porque a pior parte da trilha é no final, e o cavalo não sobe), ou subir de moto até o ponto mais alto possível de subir com transporte e descer a pé (também dá pra descer de moto se quiser). Eu optei por subir de moto e descer a pé, paguei 70 soles a mais, não me arrependo de nada, pois a subida é conhecida por ser desafiadora devido à altitude (a montanha fica a cerca de 5.200 metros acima do nível do mar) e a moto te deixa de cara com a montanha, você só cansa se quiser gastar mais uns 5 minutinhos a pé e subir no pico pra ver melhor a montanha colorida (e vale a pena para as melhores fotos). A incrível coloração das montanhas é resultado de uma combinação de minerais e erosão ao longo do tempo, criando as faixas coloridas que fazem o local ser tão único e impressionante. As cores variam entre tons de vermelho, rosa, verde, amarelo e até azul, proporcionando uma paleta natural de cores vibrantes que não se vê em muitos outros lugares do mundo. Sem dúvida a visibilidade das cores fica em melhor em dia de sol. Mesmo com a dificuldade da altitude, a visão da Montanha Colorida compensa. Passei um tempo admirando a paisagem e, depois desci a pé de volta à van (muito mais tranquilo o trajeto de descida), e nessa hora me emocionei com a paisagem e pensando na experiência que eu estava vivendo.


Montanha Colorida – Vinicunca
À noite, quando voltei para Cusco, fui jantar na Plaza de Armas, que estava mais viva do que nunca! Coincidentemente, o dia era Dia da Assunção de Nossa Senhora, uma data religiosa importante para o Peru, e as festividades estavam em pleno andamento. As ruas e a praça estavam lotadas de locais e turistas, todos participando das celebrações. O Dia da Assunção de Nossa Senhora é comemorado com danças, música tradicional e desfiles pelas ruas. Era impossível não se contagiar pela energia positiva e animada de todos. Dava vontade de dançar junto. Assistir às apresentações foi uma experiência única, com grupos folclóricos dançando e cantando com roupas coloridas, celebrando não apenas a religiosidade, mas também a cultura peruana em sua essência.


Dia da Assunção de Nossa Senhora na Plaza de Armas
Na praça, rodeada por essa celebração vibrante e com o céu estrelado de Cusco acima de mim, eu me senti ainda mais conectada à história e às tradições locais. O som das músicas, as danças e a alegria da população local tornaram esse momento inesquecível. Foi a maneira perfeita de encerrar um dia repleto de aventuras e descobertas.
Dia 8 – Cusco
- Day Tour Laguna Humantay
- Plaza de Armas
O oitavo dia da minha viagem foi marcado por uma das experiências mais impressionantes em termos de natureza e cultura. Comecei o dia com um Day Tour para a Laguna Humantay, uma das lagunas mais lindas da região de Cusco. A viagem começou bem cedo, com um trajeto de van até o ponto de início da trilha, onde a vista das montanhas nevadas já me deixou sem palavras. A Laguna Humantay fica a cerca de 4.200 metros acima do nível do mar, e sua cor verde-turquesa vibrante é um dos maiores atrativos para quem visita a região. A caminhada até a lagoa é muito difícil devido à altitude, mas a recompensa ao chegar à lagoa é inestimável. A água cristalina reflete as montanhas ao redor, criando uma paisagem que parecia saída de um cartão postal. Também dá para subir de cavalo, mas a colina é bem íngreme e os cavalos só sobem uma vez ao dia – ou seja, se quer subir de cavalo chegue cedo, porque pode acabar. A flora e fauna local, além de um clima que variava entre o frio das altitudes mais altas e o calor intenso do sol andino são fascinantes. Ao chegar na lagoa, eu fiquei por ali por um tempo, aproveitando a paisagem e a tranquilidade do lugar. Não há como não se sentir pequeno diante da grandiosidade da natureza ao redor. A laguna está situada ao pé do Nevado Humantay, uma montanha sagrada para os incas, e o local é considerado espiritual, com as águas da lagoa sendo vistas como um símbolo de purificação.


Laguna Humantay
Depois de retornar ao meu hotel e descansar um pouco, decidi ir até a Plaza de Armas para mais uma noite de imersão na cultura cusquenha. E que noite especial! Ao chegar, descobri que estava acontecendo um desfile em comemoração ao Dia de São João Bosco, o Pai e Mestre da Juventude. Esse evento foi promovido pelos alunos, professores e pais do Colégio Salesiano de Cusco e foi uma das experiências mais alegres que tive na cidade. São João Bosco foi um sacerdote italiano, fundador da Congregação Salesiana, que se dedicou a educar e formar jovens, especialmente os mais pobres. O desfile foi uma maneira linda de celebrar a educação e os valores transmitidos por ele, e foi uma verdadeira festa, com os participantes desfilando em blocos coloridos, com fantasias e danças que mais pareciam um carnaval. O mais interessante era ver a integração da comunidade escolar, com pais, alunos e professores participando juntos em cada “bloco”. As danças eram animadas e acompanhadas por músicas típicas, e todos pareciam se divertir muito. A energia era contagiante, e eu me vi imersa na cultura local, vendo como as festividades podem unir pessoas de diferentes gerações e backgrounds.


Desfile em comemoração ao Dia de São João Bosco
Após essa celebração vibrante, decidi aproveitar minha última noite na cidade para jantar na República do Pisco, um restaurante famoso pela sua culinária típica peruana e, claro, pela estrela do menu: o pisco sour! O ambiente era descontraído, e o cardápio oferecia pratos deliciosos, como ceviches e tiraditos. O pisco sour, que é o coquetel mais tradicional do Peru, foi a pedida perfeita para finalizar meu dia. Se você gosta de experiências gastronômicas autênticas, esse restaurante é uma excelente escolha para quem está explorando Cusco. Só cuidado com a ressaca, vai por mim.
Dia 9 – Cusco
- Museu Histórico Regional
- Museu de Arte Contemporânea
- Iglesia de La Compañia de Jesús
- Mirador de San Cristobal
- Retorno para São Paulo
E o último dia da minha viagem chegou, mas ainda havia muito para explorar em Cusco antes do meu voo de volta para São Paulo. Como meu voo só sairia à noite, aproveitei o dia para fazer um tour pela cidade e conhecer alguns dos museus e pontos turísticos que me faltavam visitar. Comecei o dia com uma visita ao Museu Histórico Regional, que fica em um edifício colonial belíssimo, o Antigo Palácio do Governo de Cusco. O museu exibe uma rica coleção sobre a história do Peru e da cidade de Cusco, desde o período pré-colombiano até a era colonial. O museu também oferece uma visão detalhada sobre os acontecimentos que marcaram a cidade durante a chegada dos conquistadores espanhóis. Em seguida, fui para o Museu de Arte Contemporânea, também incluído no Bilhete Turístico de Cusco. Este museu apresenta uma interessante coleção de arte moderna e contemporânea, com obras de artistas peruanos e internacionais. O museu está localizado em um edifício do século XVIII, o Antigo Convento de Santa Clara, que foi restaurado para abrigar a coleção de arte moderna. É um ótimo local para quem deseja se conectar com a arte atual do Peru e ver como os artistas locais estão retratando a sociedade, a política e a cultura peruana de forma inovadora.



Museu Histórico Regional e Museu de Arte Contemporânea
Após os museus, segui para a Iglesia de La Compañía de Jesús, uma das igrejas mais imponentes e lindas de Cusco. A construção da igreja começou no final do século XVI, e sua fachada é um exemplo impressionante de arquitetura barroca. A igreja tem um interior deslumbrante, com detalhes em ouro e uma grande quantidade de obras de arte sacra. Eu fiquei impressionada com a grandiosidade do lugar e com a mistura de influências indígenas e coloniais na arquitetura e nas obras de arte. Não pode fotografar lá dentro, mas de lá também dá para ter uma visão belíssima da Plaza de Armas.


Vistas para a Plaza de Armas – Cusco
Depois, decidi subir até o Mirador de San Cristobal, que oferece uma vista panorâmica espetacular de Cusco. O mirador fica no topo de uma colina e é um dos melhores pontos para tirar fotos da cidade e das montanhas ao redor. A vista é de tirar o fôlego, e é possível ver toda a cidade de Cusco se estendendo até as montanhas. Fiquei alguns minutos ali, absorvendo a beleza de Cusco e refletindo sobre essa viagem incrível.


Vista do Mirador de San Cristobal e Ruas da Cusco
Para o almoço, escolhi o Chicha, um restaurante de cozinha peruana contemporânea, onde pude degustar pratos deliciosos com um toque moderno. O Chicha é comandado pelo chef Gaston Acurio, um dos chefs mais renomados do Peru, e é famoso por reinventar pratos tradicionais peruanos de forma criativa. A comida estava simplesmente incrível, e foi o encerramento perfeito para minha jornada gastronômica no Peru.
Com o estômago cheio e o coração cheio de boas memórias, passei o restante da tarde aproveitando o clima de Cusco, com suas ruas encantadoras e a atmosfera vibrante. À noite, fui para o aeroporto para o meu voo de volta a São Paulo, com uma sensação de gratidão por tudo o que vivi e experimentei nessa cidade histórica e cheia de cultura.
Orçamento Final
Esses são os valores que paguei de acordo com cambio a época (agosto de 2024): uma média de 1 PEN = R$ 1,30. Se for comprar dinheiro físico, opte pelos câmbios na cidade, e evite os câmbios do aeroporto ou do Brasil, pois a conversão é mais cara. Também é possível usar dólar, então o dinheiro físico é mais para levar nos passeios onde pode não haver sinal de celular os máquinas de cartão de crédito. Dica: Leve dólar e troque nas casas de câmbio lá pelo Sol Peruano – a conversão do dólar é mais vantajosa.

É possível diminuir esses custos ao escolher uma opção de hospedagem mais econômica (como hostel, hotéis mais afastados do centro ou Airbnb), conseguindo melhores promoções no aéreo e usando milhas e removendo alguns passeios.
Espero que esse roteiro te inspire a explorar o Peru de uma forma única e cheia de descobertas! Esse país incrível combina história, cultura e paisagens de tirar o fôlego. De Lima a Cusco, das ruínas incas de Machu Picchu às cores vibrantes da Montanha Colorida, cada lugar tem sua magia. A energia dos Andes, os sabores da gastronomia peruana e a hospitalidade do povo tornam a experiência ainda mais especial. Prepare-se para se encantar – o Peru espera por você!

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