O que Fazer em Madrid: Roteiro de 4 Dias

  1. Quando Eu Fui?
  2. Como ir de São Paulo a Madrid?
  3. Onde Fiquei Hospedada?
  4. Roteiro Detalhado – Madrid (4 dias)
    1. Dia 1
    2. Dia 2
    3. Dia 3
    4. Dia 4
  5. Roteiro no Mapa
  6. Orçamento Final
  7. Veja Também

Quando Eu Fui?

Eu visitei a cidade no começo do mês de fevereiro. É inverno? Sim, mas um inverno à moda espanhola. Nada de neve constante ou temperaturas congelantes como em outras cidades europeias — aqui o frio é mais seco e suportável, especialmente se você vier de um lugar úmido ou com clima tropical. As temperaturas costumam variar entre 3°C de mínima e 13°C de máxima. De manhã cedo e à noite faz frio, então vale investir em camadas: casaco quentinho, cachecol e até uma touquinha. Mas durante o dia, principalmente se o sol resolver dar o ar da graça, dá até pra tirar o casaco mais pesado por um tempo e aproveitar os passeios com mais conforto. A boa notícia é que Madrid é uma cidade ensolarada, mesmo no inverno — em fevereiro, é comum pegar dias claros, o que deixa tudo mais bonito e agradável pra caminhar e explorar. Eu fiquei em Madrid por 5 dias, do dia 09 de fevereiro (cheguei no final da tarde) ao dia 14 de fevereiro de 2024. Para uma primeira visita achei que foi o tempo suficiente para ter um primeiro contato com as atrações principais da cidade, que tem um sistema de transporte muito bom, mas que é ótima para explorar a pé.

Como ir de São Paulo a Madrid?

Vai sair de São Paulo rumo a Madrid? Boa notícia: esse é um dos trajetos internacionais mais bem servidos, então tem várias opções pra você escolher o que cabe no seu bolso e no seu tempo.

As principais companhias que fazem voos diretos entre São Paulo e Madrid são: Iberia, Air Europa e LATAM. Esses voos saem do Aeroporto de Guarulhos (GRU) e chegam no Aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas (MAD). A média de duração é de 10 a 11 horas, e quase sempre os voos são noturnos — ótimo para não perder nenhum dia.

Se quiser economizar ou não encontrar voo direto na data desejada, também dá pra ir com conexão através de outras companhias aéreas como TAP, ITA e outras. Algumas paradas comuns são: Lisboa, Roma, Paris, etc. Dependendo o seu tempo disponível dá pra pensar até em fazer um stop-over.

Lembrando que as conexões podem deixar a viagem bem mais longa dependendo da escala, então avalie se vale a pena a economia.

Você vai desembarcar no Aeroporto de Barajas, que é enorme, moderno e super bem conectado ao centro da cidade. Dá pra sair de lá de:

  • Táxi/Uber/Bolt: o táxi tem tarifa fixa pro centro, em torno de 30-35 euros — ótimo pra quem chega cansada ou com muita mala.
  • Metrô: prático e barato. A linha 8 te leva direto até o centro em uns 30 minutinhos.
  • Ônibus Airport Express: funciona 24h, com paradas estratégicas como a Praça Cibeles e a estação Atocha.

Onde Fiquei Hospedada?

Eu fiquei hospedada no Room Select Sol, um hotel que tem uma localização maravilhosa: fica bem pertinho da Puerta del Sol, ou seja, no coração do centro histórico de Madrid. Dá pra visitar os principais pontos da cidade a pé — eu saía pra caminhar e em poucos minutos já estava nas principais atrações, como a Plaza Mayor, o Mercado de San Miguel e o Palácio Real. Fora que estar ali na região central facilita muito pra usar transporte público ou até voltar rapidinho pro hotel depois de um dia intenso de passeios. O quarto era compacto, mas super confortável, com cama gostosa, chuveiro bom e um espaço comum bacana, com uma cafeteria no térreo. Tudo limpinho, organizado e com uma vibe jovem. O atendimento dos funcionários foi excelente. O hotel fica muito próximo à estação de metrô Ópera, o que facilita muito se você estiver chegando do aeroporto ou querendo circular por outros bairros. O preço da diária varia entre R$600 a R$900 para quarto de solteiro, podendo variar em épocas de alta temporada. No geral, eu achei uma ótima opção pra quem quer localização estratégica, conforto, preço justo e um ambiente moderno e acolhedor. Serve bem tanto pra viajantes solo (meu caso), quanto pra casais ou grupos de amigos que querem um cantinho confortável e bem localizado para descansar. Eu recomendo!

Quarto de Solteiro no Hotel Room Select Sol – Madrid, Espanha.

Roteiro Detalhado – Madrid (4 dias)

Dia 1

  • Plaza Puerta del Sol
  • Chocolateria San Ginés
  • Plaza Mayor
  • Mercado San Miguel
  • Catedral de La Almudena
  • Palacio Real
  • Plaza de Espanã
  • Templo de Debod
  • Cava de San Miguel

O meu primeiro dia em Madrid foi apaixonante. A cidade tem uma energia incrível, receptiva, eu me senti em casa. A primeira parada foi na Plaza Puerta del Sol, uma das praças mais movimentadas e simbólicas da cidade. É ali que fica o famoso “Kilómetro Cero”, o ponto exato de onde partem todas as estradas radiais da Espanha. A praça vive cheia de gente, com artistas de rua, turistas tirando fotos e aquele clima de cidade vibrante. E claro, não dá pra passar por ali sem ver a estátua do urso com o madroño, símbolo oficial de Madrid — parece só uma escultura, mas estátua representa o brasão de Madrid. O urso simboliza a fauna que existia na região na Idade Média, e o madroño (uma árvore típica da Península Ibérica, com frutos vermelhos) representa a flora local. Juntos, eles contam um pouco da origem e identidade da cidade — é como se fossem os “guardiões” de Madrid.

Plaza Puerta Del Sol

A poucos passos dali, fiz uma parada estratégica na Chocolatería San Ginés. Essa cafeteria centenária é quase uma instituição madrilenha e serve o churros com chocolate mais famoso da cidade desde 1894. O chocolate é bem espesso, quase uma calda, e os churros vêm sequinhos, no ponto. Foi o café da manhã ideal pra encarar o resto do dia com energia. De lá, fui caminhando até a Plaza Mayor, uma praça retangular cercada por prédios históricos com arcos e varandas que mais parecem cenário de filme. Ela já foi palco de touradas, mercados e até execuções na época da Inquisição (um passado tenso, mas real). Hoje, é um lugar super tranquilo pra sentar e observar a vida passar — embora os cafés ao redor sejam um pouco turísticos, a vista compensa.

Chocolatería San Ginés e Plaza Mayor

A fome começou a bater de verdade e aproveitei pra ir até o Mercado de San Miguel, ali pertinho. É o tipo de mercado que te conquista pelo visual e te ganha pelo paladar. O prédio é lindo, todo em ferro e vidro, e por dentro parece um parque de diversões gastronômico. Tem desde tapas elaboradas até taças de vinho, frutos do mar fresquinhos e doces irresistíveis. Me rendi a uma taça de sangria e algumas croquetas (queijos e presunto parma, meus favoritos!) e fiquei ali um tempo, curtindo o ambiente e os cheiros maravilhosos.

Depois do almoço, fui conhecer a Catedral de la Almudena, que fica bem em frente ao Palácio Real. Por fora, ela tem aquele estilo neoclássico imponente, mas o interior é surpreendentemente moderno e colorido, com vitrais vibrantes e um teto que foge do tradicional. Logo em frente, o Palacio Real de Madrid também impressiona. É a residência oficial do rei (embora ele não more lá) e tem mais de 3 mil cômodos — dá pra acreditar? Claro que só alguns são abertos ao público, mas os que visitei eram lindíssimos: salões de gala, escadarias de mármore, salas decoradas com tapeçarias e lustres de cristal. O Palácio Real foi construído no mesmo lugar onde existia o antigo Alcázar de Madrid, um castelo medieval que foi destruído por um incêndio em 1734. A versão atual, mais grandiosa, começou a ser erguida logo depois, por ordem do rei Felipe V — que queria um palácio à altura dos grandes reis europeus. É um mergulho na pompa da monarquia espanhola, o nível de detalhe de cada cômodo é impressionante. A entrada com visita guiada custa 21 euros (valor em abril de 2025), e você pode comprar pelo site oficial de Patrimônio Nacional — recomendo fortemente garantir com antecedência, especialmente na alta temporada, porque as filas podem ser bem longas.

Catedral de La Almudena e o Palácio Real de Madrid

Depois de tanta imponência, continuei minha caminhada até a Plaza de España, uma praça ampla e cheia de verde, com uma fonte no centro e a icônica escultura de Dom Quixote e Sancho Pança — os personagens eternos criados por Cervantes. É um bom lugar pra sentar um pouco, respirar e deixar as pernas descansarem antes do grand finale do dia. E que final, viu? Caminhei até o Templo de Debod, um templo egípcio de verdade, doado à Espanha pelo governo do Egito nos anos 60, e reconstruído ali, pedra por pedra. O templo fica no alto de um parque e tem uma das vistas mais lindas de Madrid. Cheguei bem na hora do pôr do sol e foi simplesmente mágico: o céu em tons de rosa e dourado refletido na água ao redor do templo. Um daqueles momentos em que o tempo desacelera e a gente só agradece por estar ali.

Templo de Debod, Plaza de España e Cava de San Miguel

Antes de voltar pro hotel, ainda parei pra jantar na Cava de San Miguel, que fica em uma rua charmosa e escondidinha próximo ao Mercado de San Miguel, cheia de bares com tapas e vinhos a preços mais honestos do que nos pontos turísticos. Escolhi um restaurante com mesas na calçada e finalizei o dia com uma taça de vinho tinto, barriga cheia e coração tranquilo. Foi só o primeiro dia, e Madrid já tinha me conquistado por completo.

Dia 2

  • Feira de El Rastro
  • Bairro de La Latina
  • Calle Cava Alta
  • Calle de la Cava Baja
  • Las Letras
  • Plaza de Santa Ana
  • Calle de las Huertas
  • Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia
  • Museo Thyssen-Bornemisza
  • Tablao Flamenco Torres Bermejas

O segundo dia começou com aquele ar preguiçoso típico de domingo, mas Madrid não conhece monotonia — e o roteiro de hoje foi uma verdadeira imersão na cultura espanhola, entre ruas charmosas, museus incríveis e um espetáculo de flamenco que fechou a noite com chave de ouro. Comecei o dia pela tradicional Feira de El Rastro, no bairro de La Latina, um dos mercados de rua mais antigos e populares da cidade. Ela acontece todos os domingos e feriados, ao ar livre, e ocupa várias ruas da região com barracas vendendo de tudo: roupas vintage, antiguidades, discos, quadros, lembrancinhas, acessórios… é um paraíso para quem ama garimpar. A feira tem origens no século XV, quando açougues da região deixavam rastros de sangue (daí o nome El Rastro) — um detalhe meio macabro, mas curioso. Hoje, o clima é outro: descontraído, animado, cheio de gente local e turistas.

Feira de El Rastro

Depois da feira, aproveitei para explorar o bairro de La Latina. Ele tem aquela vibe boêmia, com ruas estreitas, varandas floridas e bares de tapas por todos os lados. É o lugar perfeito pra andar sem pressa, se perder de propósito e descobrir pequenos cafés, lojinhas e praças escondidas. Ali pertinho ficam duas das ruas mais charmosas do bairro: a Calle Cava Alta e a Calle de la Cava Baja. As duas são paralelas, com fachadas coloridas e restaurantes super convidativos. A Cava Baja, em especial, é conhecida por concentrar alguns dos bares de tapas mais tradicionais da cidade. É o tipo de rua onde cada portinha parece esconder uma descoberta deliciosa — um ótimo local para se à tarde ou à noite.

Bairro La Latina e Cava Baja

De lá, fui em direção ao bairro Las Letras, outro queridinho de quem ama cultura e história. Esse bairro já foi lar de escritores famosos do Século de Ouro espanhol, como Cervantes, Lope de Vega e Quevedo. Uma das ruas mais encantadoras dali é a Calle de las Huertas, onde trechos de obras literárias estão escritos no chão — uma forma linda de caminhar literalmente por entre as palavras. É uma região cheia de livrarias, cafés charmosos, galerias e uma energia criativa no ar.

Las Letras e Calle de Las Huertas

Depois de tanto passeio ao ar livre, chegou a hora de mergulhar no mundo da arte. Comecei pelo Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, casa de um dos quadros mais impactantes do século XX: a famosa Guernica, de Picasso. Ver essa obra pessoalmente é uma experiência intensa — o tamanho, a força da composição, a dor estampada em cada traço. Além de Picasso, o museu tem também obras de Salvador Dalí, Joan Miró e outros grandes nomes da arte moderna e contemporânea. A entrada custa 12 euros (valor em abril de 2025) e pode ser comprada antecipadamente pelo site oficial do museu. Fique atento aos horários de funcionamento dos museus. Uma boa dica: a entrada é gratuita em determinados horários (geralmente no fim da tarde, em alguns dias da semana), então vale checar no site se você quiser economizar.

Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía

Na sequência, fui ao Museo Thyssen-Bornemisza, que fica pertinho do Reina Sofía e fecha o trio de grandes museus de Madrid junto com o Prado. O acervo é super variado e cobre do renascimento até o século XX, com obras de Van Gogh, Monet, Rembrandt e Caravaggio. É um museu elegante, mais tranquilo e bem organizado, de extremo bom gosto, ideal pra quem gosta de apreciar a arte com calma. A entrada custa 14 euros (abril de 2025) e os ingressos podem ser comprados pelo site oficial do museu. Esse museu também tem estradas gratuitas em alguns horários, confira no site.

Museo Thyssen-Bornemisza

Fechei o dia com um jantar diferente e super especial: um show de flamenco no Tablao Flamenco Torres Bermejas. O lugar é lindíssimo, decorado com inspiração nas muralhas da Alhambra, em Granada — paredes com azulejos coloridos, teto de madeira talhada, e um toque de influência árabe em uma atmosfera que te transporta. O show foi intenso e emocionante, com música ao vivo, palmas ritmadas, dançarinas vibrantes e toda a paixão que só o flamenco sabe transmitir. Os ingressos custam a partir de 28 euros, dependendo do tipo de ingresso (apenas show, ou show com jantar), e podem ser comprados no site oficial do tablao. Recomendo demais reservar com antecedência, porque costuma lotar.

Tablado Flamenco Torres Bermejas

Voltei para o hotel com a alma alimentada de cultura e arte, e a certeza de que Madrid é daquelas cidades que surpreendem o tempo todo — mesmo num domingo.

Dia 3

  • Gran Via
  • Puerta de Alcalá
  • Parque El Retiro
  • Museo Nacional del Prado
  • Chueca
  • Malasaña
  • Rooftop Hotel Riu Plaza España

A segunda-feira em Madrid não tem nada de preguiçosa — pelo contrário, foi um dos dias mais intensos da viagem, com direito a passeio por grandes avenidas, visita ao museu mais famoso da Espanha, parques encantadores e uma das vistas mais bonitas da cidade no final do dia. Comecei o dia na icônica Gran Vía, a avenida mais famosa de Madrid e um verdadeiro símbolo da cidade. Ela liga a Plaza de España à Calle de Alcalá e é cheia de lojas, teatros, cinemas, cafés e prédios imponentes. A arquitetura ali é um espetáculo à parte, com fachadas que vão do art déco ao neobarroco. É o tipo de lugar que vale a pena percorrer sem pressa, olhando pra cima — sim, pra cima! — porque os detalhes nos edifícios são incríveis. Um dos mais icônicos é o Edifício Metrópolis, com sua cúpula dourada e a estátua alada no topo. A Gran Vía já foi chamada de “a Broadway madrilenha” por causa da quantidade de teatros e musicais que acontecem ali.

Entrada da Gran Via e Palacio de Cibeles

Seguindo em direção ao Parque El Retiro, passei pela belíssima Puerta de Alcalá, um dos cartões-postais mais clássicos de Madrid. Construída em 1778 por ordem do rei Carlos III, ela era uma das antigas portas de entrada da cidade. O nome vem de uma antiga estrada que levava à cidade de Alcalá de Henares, berço de Cervantes. É uma estrutura imponente, em estilo neoclássico, e rende fotos lindas com o parque logo ao fundo. A Puerta de Alcalá tem dois lados diferentes: ela foi desenhada por Francisco Sabatini, que apresentou dois projetos ao rei Carlos III — e o rei gostou tanto que pediu para unir os dois! Por isso, o lado voltado para o centro da cidade tem colunas dóricas e é mais sóbrio, enquanto o lado oposto, voltado para o parque, tem arcos decorados com esculturas e detalhes mais elaborados, refletindo estilos distintos em um mesmo monumento.

Os dois lados da Puerta de Alcalá

De lá, entrei no queridinho dos madrilenhos: o Parque El Retiro. É impossível não se apaixonar por esse lugar. O parque é enorme e cheio de caminhos arborizados, jardins floridos, fontes, esculturas e áreas para piquenique. Uma das atrações principais é o Palácio de Cristal, um pavilhão todo feito de vidro e ferro, construído em 1887, que parece ter saído de um conto de fadas. Ele abriga exposições de arte contemporânea e é totalmente gratuito. Outro ponto imperdível é o Estanque Grande, um lago artificial onde dá pra alugar barquinhos a remo (em abril de 2025, o aluguel custa a partir de 6 euros por 45 minutos — e pode ser feito na hora, ali mesmo no embarcadouro). O Retiro é daqueles lugares que recarregam a energia da gente. Dá vontade de ficar ali por horas só observando o movimento e curtindo o clima da cidade.

Parque El Retiro

Logo depois, fui visitar o imponente Museo Nacional del Prado, um dos museus de arte mais importantes do mundo. É o melhor museu da cidade na minha humilde opinião. Seu acervo é vasto e concentra obras dos grandes mestres da pintura europeia, como Goya, Velázquez, El Greco, Rubens, Bosch e Rafael. Uma das obras mais famosas é As Meninas, de Velázquez — imperdível. A visita é intensa, então vale escolher os destaques antes de ir. A entrada custa 15 euros (valor em abril de 2025) e os ingressos podem ser comprados antecipadamente pelo site oficial do museu. E uma dica boa: a entrada é gratuita nas últimas duas horas de funcionamento (de segunda a sábado, das 18h às 20h; domingos e feriados, das 17h às 19h) — mas prepare-se para fila se quiser aproveitar essa cortesia.

Museu do Prado

Depois de tanto mergulho na arte clássica, decidi explorar dois bairros com vibes bem diferentes — e super autênticas: Chueca e Malasaña. O primeiro, Chueca, é o bairro mais colorido e vibrante de Madrid. É conhecido como o coração da comunidade LGBTQIA+ da cidade e tem uma energia contagiante, com bares descolados, lojinhas independentes, cafés estilosos e muito grafite. Já Malasaña tem um jeitinho mais alternativo e retrô, meio Brooklyn madrilenho, sabe? Foi o berço da Movida Madrileña, o movimento cultural que tomou conta da cidade nos anos 80, depois do fim da ditadura. Hoje é o lugar certo pra encontrar brechós incríveis, bares com personalidade, livrarias independentes e muita gente estilosa andando pelas ruas. Os dois bairros são ótimos pra sentir a vida local fora do circuito turístico clássico — e, claro, comer bem sem gastar uma fortuna.

Chueca e Malasaña

Pra fechar o dia com estilo, subi ao Rooftop do Hotel Riu Plaza España – 360º Sky Bar, que tem uma das vistas panorâmicas mais incríveis da cidade. O acesso ao terraço custa 5 euros se for durante o dia (das 10h às 17h) e 10 euros à noite (das 17h até o fechamento), valores de abril de 2025. Dá pra comprar o ingresso na hora, mas se estiver em alta temporada ou quiser garantir, também dá pra fazer uma reserva com antecedência pelo site oficial do Sky Bar. O terraço tem uma passarela de vidro suspensa (sim, dá frio na barriga!) e uma vista 360º de Madrid, incluindo a Gran Vía, o Palácio Real e até o Templo de Debod ao longe. Peguei o pôr do sol lá de cima, com uma taça de vinho na mão e aquele sentimento bom de “eu tô aqui mesmo?”. Foi o fechamento perfeito para um dia cheio de contrastes, beleza e descobertas.

Vista do Rooftop Hotel RIU – SkyBar 360

Dia 4

  • Day Trip – Toledo, Segóvia e Ávila
  • Toledo
  • Centro histórico medieval
  • Alcázar de Toledo
  • Mosteiro de San Juan de los Reyes
  • Catedral Primada de Toledo
  • Segóvia
  • Aqueduto Romano
  • Catedral de Segóvia
  • Alcázar de Segóvia (visita interna incluída)
  • Ávila
  • Centro histórico e muralhas medievais
  • Catedral de Cristo Salvador
  • Mirador de los Cuatro Postes

No último dia da viagem, troquei o ritmo urbano de Madrid por uma verdadeira imersão na história da Espanha. Fiz uma day trip que me levou a três cidades impressionantes: Toledo, Segóvia e Ávila. Fechei a viagem com chave de ouro! O passeio foi contratado pela Civitatis com a agência Amigo Tours España. O valor do tour em abril de 2025 está R$ 690 , e já inclui os ingressos para as atrações visitadas, o que foi ótimo para evitar filas e surpresas. Nossa primeira parada foi em Toledo, uma cidade encantadora e cheia de simbolismos. Ela é conhecida como a “cidade das três culturas” porque, por séculos, foi um ponto de convivência entre cristãos, judeus e muçulmanos. O reflexo disso está em cada ruazinha do centro histórico, que é Patrimônio Mundial da UNESCO. Caminhamos por ruelas medievais, passamos pelo imponente Alcázar de Toledo e pelo belíssimo Mosteiro de San Juan de los Reyes, ambos visitados por fora. Também tivemos a possibilidade de entrar na Catedral Primada de Toledo, uma das mais impressionantes do país, com sua mistura de estilos e riqueza de detalhes. A visita é feita com guia e já estava incluída no pacote.

Toledo

Depois seguimos para Segóvia, e a chegada foi impactante: logo de cara, o Aqueduto Romano se impõe com seus mais de 160 arcos perfeitamente encaixados, sem nenhum tipo de cimento. É uma das obras mais bem preservadas do período romano e um símbolo da cidade. Após o almoço, seguimos até a imponente Catedral de Segóvia, que admiramos por fora, e então visitamos o interior do Alcázar de Segóvia, uma antiga fortaleza que parece ter saído diretamente de um livro da Disney. A visita, também incluída no pacote, nos leva por salões ricamente decorados, passagens secretas e até à torre com vista panorâmica da cidade — imperdível.

Segóvia

Encerramos o dia em Ávila, uma cidade medieval cercada por uma das muralhas mais bem preservadas da Europa. A sensação ao entrar no centro histórico é de estar dentro de um cenário de filme. Visitamos a Catedral de Cristo Salvador e caminhamos pelo centro antigo, com suas ruas de pedra e igrejas seculares. As muralhas são realmente impressionantes. E o final cinematográfico veio no Mirador de los Cuatro Postes, um ponto panorâmico fora dos muros que oferece a melhor vista de Ávila ao entardecer. É o tipo de lugar que você sente vontade de guardar na memória pra sempre — e, claro, tirar uma boa foto para eternizar o momento.

Ávila

Esse passeio de um dia foi um verdadeiro resumo da alma espanhola: cultura, história, arquitetura, sabores e paisagens. Se tiver tempo sobrando no seu roteiro por Madrid, eu recomendo fortemente incluir esse bate-volta — é uma viagem no tempo sem precisar sair da Espanha atual.

Eu sou apaixonada pela Espanha, e com Madrid não foi diferente, me surpreendeu em cada esquina — com sua energia vibrante, sua história viva e seus sabores inesquecíveis. Foi daqueles roteiros que aquecem a alma e deixam vontade de voltar antes mesmo de ir embora.

Roteiro no Mapa

Usando o My Maps é possível simular o roteiro dentro do mapa do Google Maps, e construir sequências de atividades funcionais. Esse é o meu roteiro dos três primeiros dias em Madrid:

Orçamento Final

Abaixo está listado os custos que eu paguei pela viagem para Madrid, em fevereiro de 2024, com câmbio € 1 = R$ 5,36:

É possível diminuir esses custos ao escolher uma opção de hospedagem mais econômica (como hostel, hotéis mais afastados do centro ou Airbnb e usando milhas) ou conseguindo opções de vôos mais baratas (a depender da época do ano, promoções das companhias aéreas e milhas).

Espero que esse roteiro te inspire a explorar Madrid de uma forma incrível e cheia de descobertas! A cidade pulsa história em cada praça, encanta com seus museus de tirar o fôlego e surpreende com uma vida urbana vibrante que não para, de dia ou de noite. Madrid é aquele tipo de lugar que mistura com perfeição o clássico e o moderno, o tradicional e o descolado — e tudo isso regado a uma gastronomia deliciosa e muita paixão espanhola. Prepare-se: ela vai te conquistar no primeiro passeio… e vai ser difícil não querer voltar!

Deixe um comentário