
“O Douro bebe as cores da cidade, sobre elas eu abro o coração…”
Visitar Porto é uma experiência que envolve todos os sentidos — dos sabores marcantes da culinária portuguesa ao aroma suave do vinho do Porto envelhecendo nas caves à beira do Douro. É uma cidade que guarda memórias em cada fachada de azulejo, onde igrejas centenárias dividem espaço com o vai e vem dos elétricos, e onde cada ruela convida a desacelerar e se perder um pouco. Porto carrega uma beleza melancólica e poética, daquelas que não gritam, mas sussurram — e, talvez por isso, toquem tão fundo. É possível subir à Torre dos Clérigos pela manhã, se emocionar com a vista da Ponte Dom Luís I à tarde e brindar com uma taça de vinho sob o pôr do sol dourado em Gaia. Porto é feita de encontros: entre o passado e o presente, entre a tradição e o improviso, entre a alma portuguesa e o coração de quem chega. Uma cidade que não se visita apenas — se sente, se vive.
O relato abaixo é totalmente baseado na minha experiência e no que eu planejei para esta viagem e obviamente pode ser adaptado de acordo com o perfil de cada um.
- Quando Eu Fui?
- Como ir de São Paulo a Porto?
- Onde Fiquei Hospedada?
- Roteiro Detalhado – Porto (4 dias)
- Roteiro no Mapa
- Orçamento Final
- Veja Também
Quando Eu Fui?
Eu visitei a cidade no começo do mês de março. bem naquele comecinho de primavera disfarçada, quando o inverno já está mais leve, mas ainda exige um casaquinho. A temperatura média nessa época gira em torno dos 10 °C a 16 °C — aquele frio gostoso que combina com taça de vinho e caminhada sem pressa às margens do Rio Douro. Apesar da fama do norte de Portugal ser de tempo instável, eu dei sorte: não peguei um pingo de chuva! Céu azul, brisa geladinha e um sol simpático me acompanharam durante toda a viagem — o combo perfeito pra explorar a cidade com tranquilidade. Eu fiquei em Porto por 4 dias, do dia 28 de fevereiro (cheguei no começo da tarde) ao dia 03 de março de 2025. Para uma primeira visita achei que foi o tempo mínimo para ter um primeiro contato com as atrações principais da cidade, que é ótima para explorar a pé. Mas gostaria de ter ficado mais uns dias para explorar mais cidades vizinhas e os hidden gems, então se puder, invista mais uns dias.
Como ir de São Paulo a Porto?
Voos Diretos e Voos com Conexão
Se você estiver planejando ir de São Paulo a Porto, saiba que dá pra fazer esse trajeto de duas formas: com escala ou direto. Eu optei pelo voo direto com a TAP: são cerca de 10 horas de viagem, saindo do Aeroporto de Guarulhos e chegando direto no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, em Porto. Prático, sem estresse e com o bônus de evitar as longas conexões. Mas também é possível voar com outras companhias fazendo escala em Lisboa, Madrid ou outras capitais europeias. Nesse caso, o tempo total de viagem varia bastante, mas pode ser uma boa se você quiser aproveitar e conhecer outro destino no caminho.
Chegando em Porto
Chegar no centro de Porto a partir do aeroporto é fácil e barato. A opção mais econômica é o metrô — a linha roxa (E) liga o Aeroporto Francisco Sá Carneiro e passa pela Estação Trindade, que fica bem no coração da cidade, também conectada com outras linhas. A viagem dura cerca de 30 minutos e o bilhete custa menos de 3 euros. Também dá pra pegar táxi ou usar apps como Uber e Bolt, que funcionam super bem por lá, mas o metrô já cumpre o papel perfeitamente, especialmente se você estiver com bagagem leve.
Onde Fiquei Hospedada?
Fiquei hospedada no Clérigos Red, um estúdio super bem localizado que encontrei pelo Airbnb, literalmente ao lado da Torre dos Clérigos: localização perfeita pra quem quer explorar Porto a pé! O prédio não tem elevador, mas o apê fica no primeiro andar, então foi bem tranquilo subir com a mala. A região é uma das mais turísticas da cidade, cheia de vida e movimento, o que é ótimo durante o dia… mas prepare-se pra um certo barulho à noite, principalmente nos finais de semana. Ainda assim, achei a estadia super prática e funcional, excelente anfitrião e a localização compensou tudo: em menos de 10 minutos eu chegava em pontos como a Livraria Lello, a Estação São Bento e a Ribeira. O Airbnb fica próximo à estação de metrô São Bento, o que facilita muito se você estiver chegando do aeroporto ou querendo circular por outros bairros. O preço da diária varia entre R$350 a R$600 para o espaço inteiro, podendo ser maior em épocas de alta temporada. No geral, eu achei uma ótima opção pra quem quer localização estratégica, conforto, preço justo e um ambiente moderno e acolhedor. Serve bem tanto pra viajantes solo (meu caso), quanto pra casais que querem um cantinho confortável e bem localizado para descansar. Eu recomendo!

Roteiro Detalhado – Porto (4 dias)
Dia 1 – Meio Período
- Livraria Lello
- Universidade do Porto
- Igreja do Carmo
- Igreja das Carmelitas
- Rua das Flores
- Cais da Ribeira
- Cruzeiro das 6 Pontes
- Show Multimídia Spiritus
Cheguei em Porto no comecinho da tarde, fui direto pro meu Airbnb deixar as minhas malas e, sem perder tempo, já comecei a explorar a cidade. O centro histórico é compacto, então dá pra ver muita coisa em pouco tempo – e foi exatamente o que eu fiz. Minha primeira parada foi a famosa Livraria Lello, considerada uma das livrarias mais bonitas do mundo, dizem que inspirou J.K. Rowling enquanto ela morava em Porto e escrevia Harry Potter (embora ela já tenha desmentido isso depois, a lenda pegou!). A escadaria vermelha é o grande destaque, mas o teto rendado e os vitrais também são lindíssimos. A entrada custa a partir de 10€ (valor de 2025), mas vira crédito se você comprar algum livro. Vale a pena comprar antecipadamente no site oficial, pois as filas são grandes.



Livraria Lello
Ali em frente à Lello tem uma galeria charmosa com lojinhas e cafés, e uma praça com restaurantes e bares que têm vista para a Torre dos Clérigos — um ótimo lugar pra dar uma pausa, tomar uma cervejinha e observar o vai e vem da cidade. Essa região tem um astral muito gostoso. Segui para a belíssima Universidade do Porto, que fica ali pertinho – o prédio histórico é fotogênico e a praça em frente costuma ter estudantes, artistas de rua e gente curtindo o sol. Bem ao lado estão duas igrejas que parecem grudadas: a Igreja do Carmo e a Igreja das Carmelitas, separadas por uma casinha super estreita (que, dizem, foi construída pra evitar o contato direto entre monges e freiras). A lateral da Igreja do Carmo tem um painel de azulejos azul e branco que é um clássico de Porto. As igrejas foram construídas em épocas diferentes e têm estilos arquitetônicos distintos: uma mais sóbria e barroca e a outra no estilo rococó.


Igreja do Carmo e Igreja das Carmelitas
Depois fui passear pela Rua das Flores, uma das mais charmosas da cidade. Cheia de lojinhas, cafés, restaurantes e músicos tocando ao vivo, ela é perfeita pra caminhar sem pressa. É uma daquelas ruas que parecem ter sido feitas pra admirar, cada esquina rende uma foto bonita. Desci até o Cais da Ribeira, que é provavelmente o lugar mais fotogênico de Porto. As casinhas coloridas à beira do Douro, os barcos no rio, o reflexo da ponte… tudo parece pintura. De lá, fiz o famoso Cruzeiro das 6 Pontes, um passeio de barco que dura cerca de 50 minutos e passa pelas pontes que ligam Porto a Vila Nova de Gaia. Custa em média de 15€ a 20€, e é uma forma tranquila (e linda!) de ver a cidade por outro ângulo. Vá no pôr do sol, vale a pena! você consegue comprar lá na Ribeira, mas também dá pra comprar antecipadamente no Get Your Guide.



Rua das Flores e Ribeira do Porto
Para fechar a noite com chave de ouro, fui assistir o Spiritus, um espetáculo multimídia imersivo projetado dentro da Igreja dos Clérigos. É uma mistura linda de som, luz e poesia, com um toque espiritual sem ser religioso. Ingresso em torno de 10€ e, sinceramente, uma das coisas mais surpreendentes que vi em Porto! Também acontecem concertos em alguns dias do mês. Dá pra comprar na hora, mas também dá para comprar antecipadamente no site oficial.

Dia 2
- Torre dos Clérigos
- Câmara Municipal do Porto
- Mercado do Bolhão
- Capela das Almas
- Café Majestic
- Igreja de Santo Ildefonso
- Brasão Coliseu
- Sé do Porto
- Ponte Dom Luís I
- Jardim do Morro
- World of Wine (WOW Porto)
- Ribeira de Gaia
- Praia do Senhor da Pedra
O segundo dia em Porto foi um verdadeiro mergulho na alma da cidade. Comecei cedo e fui até o fim da tarde, explorando desde igrejas cobertas de azulejos até praias cinematográficas. A primeira parada foi a icônica Torre dos Clérigos. São 225 degraus até o topo, mas a vista compensa cada passo. Lá de cima, você vê os telhadinhos vermelhos de Porto se espalhando até o Douro. A torre faz parte de um conjunto barroco projetado por Nicolau Nasoni, um arquiteto italiano que simplesmente dominou a estética da cidade. O ingresso custa 10€ (preço 2025) e pode ser comprado pelo site oficial ou no local.



Igreja e Torre dos Clérigos
Depois fui caminhando até a Câmara Municipal, ali na Avenida dos Aliados, parece até um palácio. Além de observar a arquitetura, o prédio tem vista para uma praça bonita que fica na frente, e também tem uma torre central com relógio que dá um charme todo especial. De lá segui caminhada rumo ao Mercado do Bolhão é um clássico portuense e foi todo restaurado recentemente. Continua cheio de cor, cheiro e sotaque! Aqui você encontra desde queijos, vinhos, flores, frutas e sardinhas. Curiosidade: ele existe desde 1839 e o nome “Bolhão” vem de um regato (uma espécie de fonte) que fazia bolhas.


Câmara Municipal e Mercado Bolhão
Ali perto fica a Capela das Almas, que é daquelas que você para sem querer no meio da rua e pensa: “preciso fotografar isso”. São mais de 15 mil azulejos portugueses contando a história de Santo Francisco de Assis e Santa Catarina. Fica numa esquina super movimentada, e mesmo assim chama a atenção. Depois segui rumo ao Café Majestic é puro glamour nostálgico. Inaugurado em 1921, ele foi ponto de encontro da elite literária e boêmia da cidade. O ambiente, todo em estilo art nouveau, é uma viagem no tempo. Depois fui até a Igreja de Santo Ildefonso, outro tesouro de azulejos: São mais de 11 mil peças compondo cenas bíblicas, numa fachada azul e branca. Ela fica numa praça bem movimentada, com feirinhas ao redor, e o contraste do antigo com o moderno é muito interessante ali.


Capela das Almas e Igreja de Santo Ildefonso
Antes de seguir para o próximo destino, fiz uma pausa estratégica para almoço no Brasão Coliseu, onde comi uma das melhores francesinhas da viagem. Esse é um prato típico português, parece um croque monsieur turbinado, coberto por uma camada generosa de queijo derretido, recheado de carne e linguiça e mergulhado num molho espesso, alaranjado e levemente picante, que transforma o prato num verdadeiro exagero delicioso à moda do Porto. Vá com fome! Depois fui caminhando até a Sé do Porto, a catedral mais antiga da cidade. Construída no século XII, ela é toda fortificada, parece quase um castelo! Do seu pátio, a vista é espetacular, especialmente ao entardecer. Dá pra visitar o claustro gótico e ver painéis de azulejos lindíssimos. A entrada no claustro é paga e custa 3€ (preço 2025), e o ingresso pode ser adquirido no site oficial.


Francesinha do Brasão e Sé do Porto
Dali eu fui em direção à Gaia, atravessei a famosa Ponte Dom Luís I, projetada por um discípulo de Eiffel – sim, aquele da torre em Paris. Ela tem dois níveis, e o superior é usado pelo metrô e pedestres. Atravessei à tarde e foi uma das vistas mais bonitas da viagem: o Douro brilhando, os barcos rabelos ancorados e a cidade dourada pela luz do sol. É um dos pontos mais procurados para se ver o pôr do sol. Cheguei do outro lado da ponte no Jardim do Morro, outro mirante perfeito pra ver o pôr do sol. Muitas pessoas visitam esse espaço para fazer piqueniques, há músicos tocando violão e um clima gostoso que te faz querer parar o tempo. Dali, a vista do centro histórico de Porto é surreal (as melhores vistas do Porto ficam em Gaia, lado oposto do rio).


Vista de cima da Ponte Dom Luís I e Jardim do Morro
Próximo ao jardim, está o WOW Porto (World of Wine), um complexo cultural e enogastronômico super moderno que fica em Vila Nova de Gaia. São vários edifícios restaurados de antigas caves de vinho do Porto, transformados em museus interativos, lojas, restaurantes e espaços de exposição. Tem museu do vinho, do chocolate, do rosé, da cortiça e até um dedicado à história de Porto – dá pra passar o dia inteiro por lá. Eu optei pelo ingresso de um dia (Daily Ticket) que dá acesso à todos os museus do complexo, e aproveitei para conhecer o The Wine Experience, que explica de forma leve e sensorial como o vinho é produzido, desde a uva até a taça. No final, ainda rola degustação, claro! O lugar todo é lindo, cheio de arte e com vistas incríveis pro Douro. Mesmo que você não entre em nenhum museu, só andar por lá e tomar um vinho com vista já vale demais. Os preços variam conforme os museus e experiências escolhidas, e podem ser adquiridos no site oficial.



World of Wine
Depois de muito vinho, desci pra Ribeira de Gaia, que é mais tranquila que a do lado de Porto, mas com aquela mesma vibe de beira-rio. Tem bares e restaurantes com vista pra cidade iluminada, e é uma ótima pedida pra um drink de fim de tarde. Fechei o dia com chave de ouro na Praia do Senhor da Pedra, o mais impressionante é a capelinha construída sobre uma rocha no meio da areia – é realmente lindo! O pôr do sol é belíssimo e tudo ao redor ganha uma aura quase mística. Vale a visita!



Ribeira de Gaia e Praia do Senhor da Pedra
Dia 3
- Day Trip – Braga e Guimarães
- Santuário do Bom Jesus do Monte
- Sé de Braga
- Centro Histórico de Braga
- Castelo de Guimarães
- Centro Histórico de Guimarães
No meu terceiro dia em Portugal, decidi conhecer duas cidades históricas que carregam muito da história portuguesa: Braga e Guimarães. Contratei esse tour com antecedência pelo Get Your Guide e recomendo demais! O guia era excelente de recheou o dia com histórias e curiosidades que fazem a gente enxergar mais do que só construções bonitas. Foi um dia intenso, mas sem correria, com tempo livre e paradas certeiras. A primeira parada do dia foi de tirar o fôlego — literalmente, se você decidir subir os 577 degraus da escadaria monumental. O Santuário do Bom Jesus do Monte, além de um dos principais símbolos religiosos do país, é uma obra-prima do barroco. A escadaria forma um zigue-zague super simétrico, e é repleta de fontes que representam os cinco sentidos: visão, audição, tato, paladar e olfato. Se não quiser subir a pé, dá pra usar o funicular movido a água, em funcionamento desde 1882 — sim, movido à água! Ele é o mais antigo do mundo ainda ativo com esse sistema. Lá de cima, a vista de Braga é de suspirar. E mesmo pra quem não é religioso, o ambiente convida a uma certa contemplação — o tipo de lugar que te faz caminhar mais devagar e respirar.


Santuário do Bom Jesus do Monte
Depois seguimos para o coração da cidade e visitamos a Sé de Braga, que é considerada a catedral mais antiga de Portugal, com origens no século XI, ainda antes do país existir oficialmente. Lá estão enterrados os pais de D. Afonso Henriques, e a mistura de estilos arquitetônicos ao longo dos séculos (românico, gótico, barroco…) conta uma história viva da evolução religiosa e política da região. No centro, fizemos um city tour guiado pelas ruelas e praças. Braga é conhecida como a “Roma portuguesa” por causa do número de igrejas — são mais de 30 só no centro! Mas o mais curioso é que, apesar da forte tradição religiosa, a cidade também é super jovem e vibrante, com presença marcante de estudantes da Universidade do Minho. Ou seja: é missa às 18h e cervejinha às 19h. Durante o tempo livre, fui almoçar e experimentei o clássico bacalhau à Braga — um prato típico com lascas generosas de bacalhau, batatas em rodelas bem douradinhas e bastante azeite, coberto com cebola caramelizada e pimentão. Não é leve, mas vale a experiência.



Sé de Braga, Bacalhau à Braga e o Centro Histórico
À tarde, seguimos para Guimarães, cidade que carrega com orgulho o título de “berço de Portugal”, por ter sido onde nasceu o primeiro rei do país. Começamos pelo Castelo de Guimarães, que parece saído de um livro de fantasia. Foi erguido no século X como fortaleza contra invasões mouras e normandas. Diz a tradição que ali viveu D. Afonso Henriques durante sua infância. A vista das muralhas é linda, e andar por ali te faz imaginar como eram as coisas naquela época. Na sequência, tivemos uma visita guiada pelo centro histórico — e que lugar encantador! As construções são super bem preservadas, com varandas floridas, escudos nas fachadas e ruas de pedra. A cidade é tombada pela UNESCO e tem um clima acolhedor que convida a se perder.



Guimarães
Foi um dia cheio de descobertas e história viva — daqueles passeios que fazem a gente sair diferente. Se você tiver um dia livre em Porto, coloca esse bate e volta no roteiro sem medo.
Dia 4 – Meio Período
- Café da Manhã (Castro ou Manteigaria)
- Jardins do Palácio de Cristal
- Estação São Bento
No meu último dia em Porto, o tempo era curto – poucas horinhas antes de partir – mas isso não me impediu de fazer uma despedida à altura da cidade. Aproveitei a manhã com calma, escolhendo lugares que fossem ao mesmo tempo bonitos, simbólicos e que não exigissem grandes deslocamentos. Comecei o dia como deve ser em Portugal: com pastel de nata e café. Fui dividida entre dois nomes fortes na cena pastelística portuense — a Manteigaria, super tradicional e com a massa finíssima e estalando, e a Castro – Atelier de Pastéis de Nata, que trabalha o doce como uma obra de arte, com recheio mais cremoso e toque gourmet. Em qualquer uma das duas, dá pra ver a preparação dos pastéis ao vivo — uma hipnose em forma de manteiga e açúcar. Dica de amiga: coma um ali na hora, ainda quentinho, e leve mais um “pra viagem”.

Pastéis da Nata da Manteigaria
De lá, segui para um dos meus cantinhos favoritos do Porto: os Jardins do Palácio de Cristal. Não se engane pelo nome — o antigo palácio de vidro que existia ali já foi demolido e deu lugar a um pavilhão multiuso, mas o que brilha mesmo são os jardins ao redor, com diferentes estilos, fontes, lagos, pavões caminhando livremente (!) e uma das vistas mais lindas do Rio Douro. É o tipo de lugar que te convida a sentar num banco, respirar fundo e se despedir da cidade com um pouco de poesia. Aliás, se você curte fotografia ou quer uma selfie com o visual perfeito, esse é o lugar.



Jardins do Palácio de Cristal
Antes de ir embora, ainda deu tempo de passar pela icônica Estação de São Bento. E olha… que estação! Mesmo que você não vá pegar trem nenhum, vale a visita. São mais de 20 mil azulejos pintados à mão, que retratam cenas da história de Portugal, desde batalhas medievais até a chegada do trem ao país. O contraste entre a arquitetura neoclássica da fachada e o interior todo azulejado é uma daquelas surpresas que só o Porto sabe oferecer. Dá vontade de ficar ali um tempão, só admirando os detalhes.


Estação São Bento
Foi assim, em meio a nata quentinha, vista de cartão-postal e azulejos históricos, que me despedi do Porto. Uma cidade que mistura o antigo e o novo, o melancólico e o vibrante, o vinho e o vento. Parti com a certeza de que voltaria — talvez não tão cedo, mas com saudade garantida.
Roteiro no Mapa
Usando o My Maps é possível simular o roteiro dentro do mapa do Google Maps, e construir sequências de atividades funcionais. Esse é o meu roteiro dos três primeiros dias em Porto:
Orçamento Final
Abaixo está listado os custos que eu paguei pela viagem para Porto, em fevereiro de 2025, com câmbio € 1 = R$ 6,06.

É possível diminuir esses custos ao escolher uma opção de hospedagem mais econômica (como hostel, hotéis mais afastados do centro ou Airbnb e usando milhas) ou conseguindo opções de vôos mais baratas (a depender da época do ano, promoções das companhias aéreas e milhas). Nessa viagem também fiz uma viagem para Lisboa, logo os custos de aéreo foram impactados pois entrei em Portugal via Porto e saí via Lisboa (voos com ida e volta normalmente são mais baratos que multidestino).
Espero que esse roteiro te inspire a descobrir Porto com o coração aberto e olhos curiosos! A cidade é puro charme à beira do Douro – mistura ruas de pedra que contam séculos de história com mirantes que tiram o fôlego e uma energia acolhedora que faz a gente se sentir em casa. Entre igrejas barrocas, azulejos encantadores, vinhos do Porto e pores do sol dourados, Porto é daquelas cidades que abraçam a gente sem pressa. Ela é poética, intensa e surpreendente. Vai por mim: é impossível ir embora sem levar um pedacinho dela com você… e uma vontade imensa de voltar.

Deixe um comentário