
“God save the Queen!”
Londres, a vibrante capital da Inglaterra, é uma cidade que combina história milenar com modernidade empolgante. Conhecida por seus icônicos marcos, como o Big Ben, a Tower Bridge e o Palácio de Buckingham, a cidade também guarda curiosidades fascinantes: você sabia que o famoso metrô londrino, o “Tube”, é o mais antigo do mundo, inaugurado em 1863? Ou que há mais de 300 idiomas falados por seus habitantes, tornando-a uma das cidades mais multiculturais do planeta? Londres é um verdadeiro mosaico de culturas, tradições e inovações, perfeita para explorar a pé, de bicicleta ou a bordo de seus famosos ônibus vermelhos.
O relato abaixo é totalmente baseado na minha experiência e no que eu planejei para esta viagem, considerando os meus gostos, e obviamente pode ser adaptado de acordo com o perfil de cada um.
- Quando Eu Fui?
- Como Ir do Aeroporto para o Hotel?
- Onde Fiquei Hospedada?
- Roteiro Detalhado – Londres (6 dias)
- Roteiro no Mapa
- Orçamento Final
- Veja Também
Quando Eu Fui?
Eu visitei a cidade no final do mês de novembro. É uma ótima época porque já passou a temporada de chuvas, mas ainda não é considerado alta temporada, e consequentemente, a cidade ainda não está tão lotada. Eu escolhi essa data porque queria ver as decorações de natal da cidade, que começam em meados do dia 15 de novembro. O clima de Londres é famoso por ser chuvoso e nublado, mas eu dei muita sorte e só peguei um dia assim, os demais dias foram ensolarados, porém com temperaturas baixas, na cada dos 10º C (meu tipo de clima favorito, pois dá para aproveitar o melhor da cidade e caminhar muito sem suar). Fiquei em Londres por 6 dias, do dia 24 de novembro ao dia 29 de novembro de 2023. Para uma primeira visita achei que foi o tempo mínimo para ter um primeiro contato com as atrações principais, sem muita pressa e sem deixar de viver a cidade. É uma cidade muito diversa, com muita coisa para ver e para fazer, vale muito a pena dedicar um tempo para conhecer a cidade de verdade.
Como Ir do Aeroporto para o Hotel?
O Aeroporto de Heathrow (LHR) oferece várias opções de transporte para o centro de Londres, com diferentes custos e tempos de deslocamento:
- Heathrow Express: É a opção mais rápida, com um trajeto direto até a estação Paddington que dura cerca de 15 minutos. Os trens partem a cada 15 minutos, e os bilhetes custam a partir de £25 por trajeto, com descontos para compras antecipadas.
- Metrô (Tube): Escolhi essa opção e achei perfeito. A linha Piccadilly conecta Heathrow ao centro de Londres em cerca de 50 minutos. É uma alternativa econômica, com tarifas a partir de £5,50. O pagamento pode ser feito por cartão de crédito/débito com tecnologia de aproximação ou pelo cartão Oyster. Essa é a opção com melhor custo x benefício.
- Ônibus National Express: Esse serviço leva entre 40 e 90 minutos, dependendo do trânsito, e conecta o aeroporto à estação Victoria. As passagens custam a partir de £6,00, com tarifas mais baixas para reservas antecipadas.
- Táxi: Uma corrida em um táxi tradicional do aeroporto até o centro de Londres leva de 45 a 90 minutos, dependendo do tráfego. O custo varia entre £60 e £100, ou seja, muito caro.
- Ride-hailing (Uber ou similares): Aplicativos como Uber são convenientes, com tarifas começando em £50 e tempo de deslocamento estimado entre 45 e 90 minutos, dependendo das condições do trânsito. Mas ainda assim, muito caro comparada as demais opções.
- Aluguel de Carros: Dirigir do aeroporto ao centro pode levar 45 a 90 minutos, mas é importante considerar o tráfego intenso e os altos custos de estacionamento na cidade. Não recomendo alugar carro em Londres, mas é uma possibilidade.
A verdade é que qualquer meio de transporte que não seja trem ou metrô vai te custar muito dinheiro. A estrutura de transporte público de Londres é muito bem conectada com toda a cidade. Recomendo fortemente as duas primeiras opções para ir do aeroporto ao centro da cidade, pois são as melhores em termos de orçamento, tempo e necessidade logística.
Onde Fiquei Hospedada?
Eu fiquei hospedada na Bower House. Esse hotel fica no bairro de Pimlico, bem próximo da Victoria Station, estação de metrô que fica há uns 7 minutos de caminhada do hotel. Mesmo sendo uma região próxima ao centro, é um bairro residencial, super tranquilo e seguro, com suas casinhas charmosas (sendo o hotel uma delas), que permite que a gente viva a fantasia de ser um morador local. A recepção do hotel não fica no mesmo prédio, fica em outro hotel na rua de trás, cerca de 3 minutos de caminhada – ou seja, o check-in é em outro local, mas é bem próximo, não foi tão inconveniente. Do lado de fora parece uma casa como qualquer outra da rua, o que eu achei o máximo. O hotel também não tem elevador, o que pode ser um problema para pessoas com mobilidade reduzida, mas tem staffs que podem ajudar com a mala se estiverem disponíveis, e quartos muito confortáveis que são limpos diariamente. Fiquei em um quarto de solteiro, mas que tinha uma cama grande, lareira, TV, aquecedor, agua aquecida nas torneiras, ferro de passar, cofre, etc. – tudo que eu precisei durante minha estadia.
Paguei US$ 99,78 na diária (aproximadamente R$ 558,78 considerando o câmbio da época). Paguei por 7 diárias (porque cheguei à noite no dia 23 de novembro), e o valor total foi US$ 698,48 (aproximadamente R$ 3911,49 considerando o câmbio da época).Particularmente achei um excelente custo x benefício, considerando o preço dos hotéis da região e que Londres costuma ser uma cidade cara. Uma ótima localização, eu com certeza voltaria a me hospedar nesse local.

Roteiro Detalhado – Londres (6 dias)
Dia 1
- Tate Britain
- Palácio de Westminster
- Big Ben
- Abadia de Westminster
- Buckingham Palace
- Troca da Guarda
- St. James Park
- National Gallery
- Trafalgar Square
- London Eye
- Tate Modern
- Millennium Bridge
- Borough Market
Meu primeiro dia em Londres foi bem intenso e lindo. Comecei no Tate Britain, um museu incrível à beira do Tâmisa. Além das obras de Turner, que são maravilhosas, descobri que ele fica numa área que já foi um antigo hospital psiquiátrico. Dei uma passada rápida, porque eu tinha horário para a próxima atração, então peguei um café pra viagem e segui direto para o Palácio de Westminster e o Big Ben. Na verdade, o “Big Ben” é só o nome do sino dentro da torre, que se chama Elizabeth Tower. É impressionante ver a torre de perto, ainda mais sabendo que ela foi concluída em 1859 e continua sendo um dos símbolos mais amados de Londres. Bem ali ao lado está a Abadia de Westminster, onde paguei £ 30 no site oficial (aproximadamente R$ 183,60 considerando o câmbio da época) que não é só onde reis e rainhas são coroados, mas também o local de descanso de figuras famosas como Isaac Newton, Charles Darwin e Lord Byron.


Elizabeth Tower e Abadia de Westminster
Depois, fui para o Buckingham Palace para assistir à Troca da Guarda: É de graça, basta chegar mais cedo para achar um bom lugar. Não é nada de outro mundo, só a troca da guarda mesmo, mas tem a banda tocando, a marcha, a cerimônia, eu achei legal de assistir, e acho que vale a experiência para uma primeira visita. As trocas da guarda acontecem às segundas, quartas, sextas e domingos, pontualmente às 11h, então precisa chegar antes para pegar um lugar legal, porque fica tudo lotado. Cada guarda carrega um rifle de verdade, e os uniformes, com aqueles chapéus de pele de urso, foram introduzidos no século XIX e podem pesar até 1,5 kg. Assim que acabou a cerimônia, fui dar uma relaxada no St. James Park, que fica na frente do palácio e é um dos parques mais antigos de Londres. Acredita que já teve camelos e até um crocodilo vivendo lá? Hoje em dia, você só encontra cisnes, mas é um lugar lindo e super tranquilo pra dar uma pausa.


Buckingham Palace e St. James Park
Saindo do parque, minha próxima parada foi a National Gallery, na Trafalgar Square. A entrada no museu é gratuita (mas precisa de reserva no site oficial) desde 1824, quando ele foi criado com apenas 38 pinturas. Agora, o acervo tem mais de 2.300 obras! Além de ver obras incríveis de Van Gogh e Monet, tem uma arquitetura linda, mesmo para quem não gosta muito de museus, acho que vale a visita. Na praça em frente ao museu fica a famosa Coluna de Nelson, bem no centro, e tem 52 metros de altura, e dá pra vê-la de quase qualquer ponto da região, cercada por chafarizes, é sempre um lugar bem movimentado.



National Gallery e a Trafalgar Square
Mais tarde, fui ao London Eye, que é a maior roda-gigante da Europa. Ela foi construída para celebrar a virada do milênio e, inicialmente, seria desmontada depois de cinco anos. Felizmente, fizeram dela uma atração permanente. A vista lá de cima é de tirar o fôlego! O preço do ingresso é um pouco salgado, mas acho que vale a experiência, principalmente em uma primeira visita à cidade. Paguei £ 40 no local (aproximadamente R$ 240, considerando o câmbio da época), porém os ingressos antecipados no site oficial são mais baratos, mas ainda assim eu recomendo a compra na hora – porque se o dia estiver com muita neblina não vale a pena subir, porque não será possível enxergar a vista. Depois, fui andando na beira do Rio Tâmisa até a Millennium Bridge, que foi apelidada de “Wobbly Bridge” (ponte bamboleante) porque balançava quando foi inaugurada em 2000. Claro que eles consertaram isso. A Vista da Catedral de São Paulo a partir da ponte é belíssima.


London Eye e Millennium Bridge
Pra fechar o dia, fui ao Borough Market, um dos mercados mais antigos de Londres, com mais de 1.000 anos de história! Lá, dá pra provar de tudo, de queijos artesanais a doces incríveis. Descobri que o mercado já apareceu em vários filmes, como “O Diário de Bridget Jones”. Comi tanto que saí de lá rolando, mas foi o final perfeito pra um dia lindo e cheio de coisas novas. Londres é mesmo apaixonante!

Borough Market
Dia 2
- Camden Town
- Primrose Hill
- Regent’s Park
- Mercato Metropolitano
- IFS Cloud Royal Docks
- Jantar em Soho
Comecei meu segundo dia em Camden Town, um bairro super alternativo e cheio de personalidade. Sabia que Camden já foi o lar de Amy Winehouse? Tem até uma estátua dela no mercado, e você sente o quanto ela ainda é amada por lá. O mercado é uma festa de cores e cheiros, com barracas vendendo de tudo: roupas diferentes, acessórios criativos e comidas de todos os cantos do mundo. E algumas lojas são muito diferentes do comum, vale a visita. Esse bairro é a prova do quanto Londres é uma cidade diversa, porque em paralelo a rua Principal que é caótica, tem a Little Venice ali perto, que mistura caos e calmaria. Uma vibe surreal.


Camden Town e Little Venice
De lá, fui andando até Primrose Hill, que é um parque que fica numa colina da cidade. Estava um dia lindo de sol, a caminhada é gostosa, e a vista lá de cima é de tirar o fôlego. Dá pra ver boa parte do skyline de Londres, com prédios como o Shard e a London Eye ao fundo. O mais curioso é que essa área sempre foi frequentada por celebridades. Fiquei um tempo curtindo a vista e recuperando o fôlego da subida antes de seguir para o próximo destino. A parada seguinte foi o Regent’s Park, um dos parques reais de Londres e cheio de história. Passei pelos jardins de rosas, que têm mais de 12 mil roseiras, e vi as pessoas se exercitando por todos os lados e casais de idosos tomando um solzinho. Se você gosta de natureza, não tem como não se apaixonar por esse parque! Uma coisa que achei legal nos parques de Londres é que as famílias podem pagar para colocar uma plaquinha nos bancos, com uma singela homenagem aos entes queridos que faleceram. Achei de uma sensibilidade incrível.



Primrose Hill e Regent’s Park
Com a fome batendo, resolvi visitar o Mercato Metropolitano. Esse mercado gastronômico tem uma pegada sustentável e fica em um galpão super charmoso. O lugar começou como um projeto piloto, mas fez tanto sucesso que virou um ponto fixo. Eles também organizam eventos como aulas de culinária e filmes ao ar livre. Depois de almoçar, peguei o tube rumo ao IFS Cloud Royal Docks. Lá, tem um teleférico que atravessa o rio Tâmisa e oferece uma vista panorâmica incrível da cidade. O valor é o mesmo de uma corrida de metrô, inclusive para entrar você paga numa catraca igual à das estações: com cartão de crédito por aproximação ou Oyster Card (foi algo em torno de £ 5,50). A experiência é rápida, mas o visual, especialmente no pôr do sol, é imperdível. Descobri que ele foi inaugurado em 2012, pouco antes dos Jogos Olímpicos de Londres, como parte de um esforço para revitalizar a área.


IFS Cloud Royal Docks
Pra fechar o dia, fui jantar em Soho. O bairro tem uma energia única, cheia de luzes, bares e restaurantes incríveis. Mas como estava acontecendo a Black Friday nesse dia, e a região é cheia de lojas famosas, estava tudo um caos. Escolhi um restaurante de comida italiana e comi uma pizza divina, acompanhado de uma cerveja, seguindo as tradições locais. Soho já foi uma área boêmia famosa por sua cena artística e musical, e até hoje mantém essa vibe.
Dia 3
- Nothing Hill
- Kensington Gardens
- Natural History Museum
- Science Museum
- Hyde Park
- Oxford Street
- Covent Garden
- Neils Yard
- Chinatown
- Picadilly Circus
- Soho
- Carnaby Street
O meu terceiro dia em Londres começou em Notting Hill, um bairro charmoso cheio de casinhas coloridas e uma vibe bem tranquila, que inspirou o famoso filme: “Um Lugar Chamado Notting Hill”. Fiquei ali, caminhando pelas ruas, admirando a arquitetura e passei pelo Portobello Road Market também estava lá, com suas barracas de antiguidades e comida de rua. Dali segui para Kensington Gardens, um dos parques mais bonitos de Londres. Fiquei impressionada com a grandiosidade do Palácio de Kensington, residência oficial de membros da família real. O curioso é que foi lá que Diana, Princesa de Gales, morou e, até hoje, o palácio guarda muitas memórias da realeza. É um parque onde os locais vão caminhar com seus pets, vi muitos cachorrinhos por lá. Passei um bom tempo explorando os jardins, o lago e o Albert Memorial, um monumento imponente em homenagem ao marido da rainha Vitória.


Albert Memorial e Nothing Hill
Minha próxima parada foi o Natural History Museum, famoso pela exposição de dinossauros, que é simplesmente imperdível. A entrada no museu é gratuita, mas precisa reservar no site oficial. Sabia que o museu é famoso não só pelas exposições, mas também pela arquitetura? O prédio em estilo românico é uma verdadeira obra de arte, e o salão central tem um esqueleto de dinossauro de 26 metros de comprimento! Lá também acontece a Silent Disco (uma festa onde as pessoas ganham um fone na entrada e só ouvem a música pelo seu próprio aparelho).


Natural History Museum
Aproveitei que estava por perto e fui no Science Museum, onde a entrada também é gratuita (mas precisa de reserva, no site oficial) que fica ao lado. O lugar é um verdadeiro paraíso para quem gosta de ciência e história da tecnologia. Entre as curiosidades, aprendi que o museu tem uma exposição sobre os primeiros computadores da história e até sobre o primeiro avião a jato. É incrível ver como a tecnologia evoluiu ao longo dos anos. Depois caminhei até Hyde Park, que é imenso, com lagos, trilhas e até um memorial em homenagem à princesa Diana, o Diana Memorial Fountain. Mas infelizmente não consegui explorar muito, porque estava acontecendo o Winter Wonderland, o maior mercado de Natal que vi em Londres, mas ele era pago, e tinha uma estrutura enorme, parecia um parque de diversões, mas não entrei porque tinha outros lugares para ir e não valia a pena pagar a entrada e ficar poucos minutos. Mas se você decidir visitar a cidade na época de Natal, principalmente com crianças, vale a visita. Esse parque é famoso por receber eventos ao longo ano, seja nessa época de natal ou durante o verão, onde vira palco de shows e festivais, tornando-se um ponto de encontro vibrante.


Science Museum
Depois, dei uma passada na famosa Oxford Street, a rua de compras mais movimentada da cidade. Lá, tem lojas para todos os gostos e bolsos, e é impossível não se perder em meio a tantas opções. Você sabia que a Oxford Street já foi uma estrada romana? Dali segui explorando as ruas da cidade até Covent Garden, e fiquei encantada com as apresentações de artistas de rua e com os lojinhas fofas por ali. A decoração de natal estava incrível, e ali perto, estava Neal’s Yard, um cantinho escondido, cheio de cores, é o tipo de lugar que você vai sem esperar muito e acaba se apaixonando! Depois, fui para Chinatown, onde explorei as lojas de souvenires.



Neal’s Yard, Chinatown e Covent Garden
Minha noite terminou em Piccadilly Circus, aquele lugar vibrante e cheio de luzes que todo mundo reconhece. É o ponto de encontro de turistas e locais, e eu não podia perder a chance de dar uma volta por lá. Depois, passado o caos da Black Friday, voltei para Soho para ver as decorações de natal com mais tranquilidade. A noite lá tem uma energia única, e a melhor decoração estava na Carnaby Street, famosa pelas lojas descoladas e pelo estilo britânico autêntico. Londres sempre tem algo novo e interessante a oferecer, e foi um dia incrível!


Picadilly Circus e Carnaby Street
Dia 4
- St. Paul’s Cathedral
- The Gherkin
- Sky Garden
- Tower of London
- Tower Bridge
- Pub Craw Histórico
Meu quarto dia foi começou no centro comercial da cidade, onde ficam a maioria das grandes empresas. Comecei minha manhã na St. Paul’s Cathedral, uma igreja linda, que dá pra ser vista de vários lugares do Rio Tâmisa. A catedral é uma das mais icônicas de Londres e tem uma história que remonta ao século XVII. Ela sobreviveu ao grande bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial! A cúpula, que é enorme, foi projetada por Christopher Wren e é uma das maiores do mundo. Saindo dali, fui até o The Gherkin, aquele prédio em formato de pepino (para não dizer outra coisa) que se destaca no skyline de Londres. É um prédio comercial, não dá para entrar nele como visitante, mas diz a lenda que ele não tem andares inteiros, e que cada andar tem um formato diferente e são todos vazados no meio, o que garante um design super moderno. Ele é um símbolo de Londres contemporânea, representando essa mistura de tradição e modernidade.


St. Paul’s Cathedral e The Gherkin
Perto dali fica o Sky Garden, um jardim com uma vista maravilhosa da cidade. A entrada é gratuita, mas você precisa reservar a visita com bastante antecedência no site oficial. Eu deixei para a última hora e não tinha mais ingressos. Mas consegui um caminho alternativo: Lá em cima tem alguns restaurantes, eu fiz a reserva de um brunch no Darwin Brasserie (que estava simplesmente divino) e consegui entrada gratuita. O Sky Garden ocupa os andares mais altos do prédio Fenchurch 20, e é um lugar perfeito para relaxar e ter uma vista panorâmica da cidade, incluindo a famosa Tower Bridge.


Sky Garden
Em seguida, fui para a Tower of London, uma das fortalezas mais antigas e famosas do mundo. Paguei £ 34,80 pelo ingresso no site oficial (aproximadamente R$ 213, considerando o câmbio da época). Sabia que, além de ser um palácio e prisão, ela já foi um zoológico real? Hoje ela é a casa das famosas Joias da Coroa, que são incríveis de ver de perto. Diz a lenda que a Torre é guardada por corvos, e que se eles voarem embora, Londres será tomada pelo caos – cada um com suas superstições. Logo depois, dei um pulo na Tower Bridge, uma das pontes mais icônicas de Londres. Paguei £ 13,40 pelo ingresso no site oficial (aproximadamente R$ 82, considerando o câmbio da época) para subir no topo da Torre através dos 206 degraus e ter uma vista incrível da cidade. A melhor parte foi caminhar pela passarela de vidro, que oferece uma vista de tirar o fôlego de Londres e do rio Tâmisa. A ponte foi inaugurada em 1894 e é um exemplo perfeito da engenharia vitoriana. O design dela é tão único que até hoje as pessoas acham que ela é uma das atrações mais emocionantes da cidade, e muita gente fica sentado ali perto, esperando ela erguer a passarela para passagem dos barcos.


Tower of London e Tower Bridge
Pra fechar o dia com chave de ouro, participei de um Pub Crawl Histórico com o Guri in London – um tour pelos pubs mais antigos de Londres. O tour custou £ 36 (aproximadamente R$ 220 considerando a cotação da época) e foi uma experiência super divertida! O guia é brasileiro e dá uma aula de história regada com muita cerveja. Visitamos pubs super tradicionais, e o guia nos contou várias histórias curiosas sobre eles e como eles fazem parte da história da cidade. Alguns desses lugares serviram como ponto de encontro de famosos escritores como Charles Dickens. O último pub era tão acolhedor que ficamos lá com o grupo para jantar o famoso Fish and Chips.


Pub Crawl pelos Pubs mais tradicionais de Londres
Dia 5
- Harry Potter Platform 9 3/4 – Estação King’s Cross
- Warner Bros. Studios
O meu quinto dia na cidade foi exclusivamente para satisfazer a Potterhead que habita em mim. Comecei o dia indo até a famosa Plataforma 9 3/4 na Estação King’s Cross. Óbvio que a plataforma que aparece nos livros e filmes, não existe de verdade, mas fizeram uma homenagem na estação, e a placa com a carruagem que desaparece para o trem de Hogwarts está lá, junto com o lugar perfeito para tirar aquela foto clássica empurrando o carrinho, a fila para a foto é grande, mas vale a pena! Uma coisa interessante é que no dia de “Volta às Aulas de Hogwarts”, a Estação King’s Cross fica decorada e oferece uma emocionante contagem regressiva para a partida do trem para Hogwarts. E ainda tem uma lojinha ao lado onde você pode comprar itens de Harry Potter – é um paraíso para quem ama a série! Já garanti meu cachecol da Grifinória para entrar no clima do que veio a seguir.


Plataforma 9 3/4 e Estação King’s Cross
De lá, segui para o Warner Bros. Studio Tour London, que fica um pouco mais afastado de Londres, mas é super fácil de chegar. Eu peguei o trem na estação Euston, que é relativamente próxima a King’s Cross, e foi só uma viagem de 20 minutos até Watford Junction. De lá, tem ônibus direto para os estúdios, que sai da estação a cada 20 minutos e leva cerca de 15 minutos para chegar. Chegando lá, é muito fácil entrar no clima: A Warner Bros. Studio Tour é uma imersão completa no mundo de Harry Potter! Paguei £ 56 pelo ingresso no site oficial (aproximadamente R$ 343 considerando a cotação da época). E garanto que vale cada centavo, o tour é incrível que te leva por dentro dos sets de filmagem, mostrando tudo – desde o Salão Principal, Cabana do Hagrid, Floresta Proibida, Salões comunais de Hogwarts, Estufa das Mandrágoras, Casa dos tios do Harry, Cena da fuga do Dragão do Banco de Gringotes, e até a maquete gigante do Castelo de Hogwarts. É tudo muito impressionante. Dependendo do ingresso comprado, há uma espécie de livro que a pessoa recebe e sai carimbando ao longo das atrações. É muito legal!



Warner Bros. Studios – Harry Potter Studios
Dá para ver como são feitos os efeitos especiais das criaturas mágicas que aparecem nos filmes, e muitas delas foram feitas em maquetes ou com figurinos super detalhados! Fiquei chocada ao ver os detalhes dos personagens, como o Corpo do Valdemort perto de morrer, o boneco até movimenta o tórax simulando o movimento da respiração. É tudo muito bem feito! Durante o tour, também passei por uma seção com os bastidores da produção, onde pude ver os trajes originais dos personagens e até as varinhas. A sensação é realmente como se eu tivesse dado um salto para o mundo mágico de Hogwarts. Depois de tanta magia, eu ainda tive tempo de dar uma passada na lojinha do estúdio. Lá tem roupas, varinhas, acessórios e até edições especiais dos livros.


Warner Bros. Studios – Harry Potter Studios
Se você ama Harry Potter, esse roteiro é imperdível! O mais legal é que muitos lugares em Londres exalam essa energia dos filmes, então mesmo voltando para o mundo real, é como se tudo nos guiasse por esse universo da magia.
Dia 6
- Thames Cruise
- Greenwich
- Greenwich Park
- The British Museum
- The Great Court Restaurant at the British Museum
- Leicester Square
- West End
- Peça de Teatro – Les Miserables
E meu último dia na cidade foi incrível. Comecei o dia pegando um Uber Boat para fazer um cruzeiro pelo Rio Tâmisa (muito mais barato que pagar pelo Thames Cruise), e foi uma maneira divertida de ver a cidade de outro ângulo. Enquanto o barco navegava, passei por pontos icônicos como a Tower Bridge, o Big Ben e o London Eye. Deixei o barco na região de Greenwich, que tem uma atmosfera charmosa e tranquila. Greenwich é famosa por ser o local do meridiano zero, que marca a linha de longitude que divide o leste e o oeste do planeta. Passei pelo Greenwich Park, um dos parques mais antigos e lindos de Londres, e subi até o Observatório Real para ter uma vista maravilhosa da cidade. Além de ser um excelente lugar para fotos, o parque tem uma história rica – foi lá que os primeiros relógios usados para a navegação foram desenvolvidos.


Vista do Cruzeiro pelo Tâmisa
Depois peguei o barco de volta e fui para o meu próximo destino: o British Museum. A entrada no museu é gratuita, mas tem que reservar no site oficial. Que lugar incrível! Há muitas polêmicas em torno desse museu, porque ele é basicamente composto de artefatos “roubados” pela Inglaterra dos países colonizados. Mas foi um dos museus mais fascinantes que já visitei. É um dos maiores e mais antigos museus do mundo, e a coleção de artefatos históricos é impressionante. Aproveitei que estava por lá e fui tomar um Afternoon Tea (chá da tarde) no The Great Court Restaurant, dentro do próprio British Museum. Paguei £ 36 pelo chá da tarde completo (aproximadamente R$ 220 considerando o câmbio da época) e fiz a reserva pelo site oficial no mesmo local onde reservei a entrada. O ambiente é sofisticado e acolhedor, com uma vista incrível da grande cúpula de vidro do museu. O cardápio é delicioso, com opções de pratos britânicos e internacionais. Me senti uma verdadeira lady.


British Museum e Chá da Tarde
Passei umas quatro horas dentro do museu e depois fui visitar meu último mercado de natal na Leicester Square, um dos centros de entretenimento mais agitados da cidade. É rodeado por cinemas, teatros e lojas, e a praça tem uma vibração muito animada. Um detalhe curioso é que é ali que acontecem muitas estreias de filmes de Hollywood, e é comum ver tapetes vermelhos sendo montados para eventos. É um clima maravilhoso! De lá, segui para o West End, o coração dos teatros londrinos. O que é mais legal do West End é que ele é praticamente sinônimo de teatro de alta qualidade, com produções que são sucesso mundial.


Mercado de Natal na Leicester Square
Eu não podia deixar de assistir a uma peça, então comprei meu ingresso para Les Misérables, um dos musicais mais famosos de todos os tempos. Eu Paguei £ 48 pelo ingresso no site oficial (aproximadamente R$ 294 considerando a cotação da época). A história, baseada no romance de Victor Hugo, conta a história de personagens cujas vidas se cruzam na França do século XIX, em meio a injustiça social e revoltas políticas. A trama segue Jean Valjean, um ex-prisioneiro em busca de redenção, e aborda temas como amor, sacrifício e esperança. Com canções icônicas como “I Dreamed a Dream” e “Do You Hear the People Sing?”, o musical é uma poderosa experiência de teatro. É uma das peças mais aclamadas no West End de Londres e no mundo. Eu chorei!


Peça de Teatro – Les Misarables
Encerrei o dia com a sensação de ter vivido uma verdadeira maratona de cultura, história e entretenimento em Londres. Se você é fã de história, museus, parques e teatro, esse roteiro é imperdível! É um lugar que dá vontade de viver!
Roteiro no Mapa
Usando o My Maps é possível simular o roteiro dentro do mapa do Google Maps, e construir sequências de atividades funcionais. Esse é o meu roteiro de Londres:
Orçamento Final
Esses são os valores que paguei de acordo com cambio a época (novembro de 2023): £ 1 = R$ 6,12. A regra do “quem converte não se diverte” é real. Se você já tem sua libra comprada, pense em libra e não em real, para não se restringir muito.
Abaixo está listado apenas os custos de uma viagem para Londres, mas aproveitei essa viagem para conhecer outra região do Reino Unido: Edimburgo, na Escócia. Caso você queira fazer como eu, um combo de viagem Londres + Edimburgo, clique aqui para saber sobre os custos específicos dessa extensão de viagem.
Na prática paguei um pouco menos do que está listado abaixo, pois consegui descontos no aéreo, hotel e em alguns passeios com milhas acumuladas, mas segue os valores originais:

É possível diminuir esses custos ao escolher uma opção de hospedagem mais econômica (como hostel, hotéis mais afastados do centro ou Airbnb), conseguindo melhores promoções no aéreo e usando milhas e removendo alguns passeios.
Espero que esse roteiro te inspire a explorar Londres de uma forma única e cheia de descobertas! Essa cidade é realmente especial e tem uma energia que transforma qualquer viagem em uma experiência inesquecível. Cada canto dela tem algo a oferecer, e eu garanto: é impossível voltar pra casa sem se apaixonar. London is calling!

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